terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ter filhos hoje: uma nova realidade



Por que a natalidade está caindo? e apesar do elevado número de nascimentos havia paralelamente um grande índice d


O Brasil ocupa, na atualidade, o quinto lugar em número de população, ficando atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
O número de habitantes do Brasil é resultado de um acelerado processo de crescimento natural ou vegetativo que ocorreu a partir do século XIX e foi incrementado no transcorrer do século XX, resultado dos elevados índices de natalidade e da imigração que ocorreu no país.

O crescimento natural ou vegetativo de um país é calculado da seguinte forma: obtém-se o número de nascimentos e dele subtrai o número de mortos, ou seja, se uma cidade teve 400 nascimentos e 250 falecimentos houve crescimento, pois o primeiro superou o segundo.

Sem dúvida, o período que houve maior crescimento populacional no Brasil foi no decorrer do século XX, no início desse as condições médico-sanitárias eram precárias e falecimentos. As pessoas morriam por problemas relativamente fáceis de serem solucionados, mas esbarravam na falta de informação e de serviços médicos para o tratamento de tais doenças, muitas vezes as pessoas perdiam suas vidas sem saber que eram, por exemplo, diabéticas e que poderiam ter a vida prolongada caso fosse tratadas.

Esse contexto começou a se alterar a partir dos anos 40, que foi um momento marcado pelo surgimento de diversas vacinas e técnicas de tratamento de doenças, além disso, as pessoas tiveram maior acesso aos serviços sanitários e médicos, sendo assim, ocorreu uma melhoria na qualidade de vida das pessoas. Com a implantação de tais medidas, os índices de mortalidade diminuíram enquanto que as taxas de natalidade se elevaram, diante desses dois fatores houve um crescimento acelerado da população no país.

Se comparadas aos países industrializados, as taxas de natalidade brasileiras permanecem altas, entretanto, houve uma diminuição desse crescimento, principalmente nas últimas décadas. Essa alteração populacional foi proveniente do processo de urbanização que se desenvolveu durante os anos 40, no ano de 1970 a população urbana era maior que a rural, fato até então nunca detectado no país.

Com a nova realidade urbana da população, algumas mudanças de ordem social, econômica e cultural aconteceram, essas resultaram na queda do número de filhos por família. Além desses, outros fatores também contribuíram para a queda do crescimento populacional do país, entre eles estão:

• Redução do trabalho familiar: essa era uma prática comum no meio rural, consistia em ter muitos filhos para exercer atividades nas propriedades rurais, assim a família não precisava pagar um trabalhador assalariado. Com a urbanização essa característica foi sendo substituída, pois a vida nas cidades exigia maiores gastos.

• Queda no número de casamento precoce: a realidade rural promovia o casamento entre pessoas muito jovens, já nos centros urbanos as pessoas contraem matrimônio com idades mais elevadas e tendem a ter poucos filhos.

• Custos com filhos: oferecer uma boa qualidade de vida e educação a um filho no contexto urbano requer elevados gastos financeiros (educação, saúde, alimentação adequada entre outros), devido a esse fator os pais começaram a planejar mais o número de filhos a serem concebidos, adequando-o ao orçamento familiar. A vida no campo não exigia grandes gastos por não haver preocupação com educação, transporte e outros.

• A mulher profissional: quando as mulheres tinham como função somente cuidar da casa e dos filhos elas não ocupavam atividades profissionais, mas com a urbanização a mulher começou a contribuir com o mercado de trabalho. Com a ocupação remunerada, essa não encontrava tempo e nem recursos para ter muitos filhos, esses passaram para o segundo plano, uma vez que a prioridade era manter o emprego e ajudar na composição do orçamento familiar.

• Métodos anticoncepcionais: nas cidades existe maior circulação de informações, facilitada pelos meios de comunicação e pelos próprios médicos, nesse contexto surgiram procedimentos que impediam a gestação, algo que não ocorria em áreas rurais.

Fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/natalidade-no-brasil.htm


Fecundidade

Fecundidade da mulher brasileira
(Nº médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva)

Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos.





Em 2000, com exceção da Região Norte, as demais Regiões apresentaram taxas de fecundidade próximas à taxa média nacional (2,3).

A Região Sudeste apresentou a menor taxa de fecundidade: 2,2 filhos por mulher.



No mundo, no final do século XX, a taxa de fecundidade era de 2,9 filhos por mulher, Nos países mais desenvolvidos esta taxa era de 1,5, e nos países menos desenvolvidos, em torno de 3,2. Compare a fecundidade no Brasil com a fecundidade em outros países da América do Sul no gráfico abaixo.




Fecundidade na adolescência
A média de idade da fecundidade da mulher brasileira diminuiu acentuadamente de 1980 para 2000 em todas as regiões.



O dados do Censo 2000 indicam uma elevação da contribuição da fecundidade das mulheres mais jovens na fecundidade total, isto é, considerado o total de filhos de todas as mulheres em idade fértil, aumentou o percentual de filhos das jovens entre 15 e 19 anos nesse total.

Esta elevação se observa principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.



A taxa de fecundidade das mulheres com menos de 20 anos na África, América Latina, América do Norte e Ásia, é mostrada no gráfico abaixo. No Brasil, essa taxa é de 32%.



Mortalidade

Mortalidade total
(N° de pessoas que morrem por 1000 habitantes durante 1 ano)

A taxa de mortalidade total no Brasil apresentou um grande declínio de 1950 a 1970, e desde então vem caindo em pequenas proporções.



Mortalidade infantil
(Crianças menores de 1 ano de idade que morrem por 1000 nascidos vivos durante o período de 1 ano)

A taxa de mortalidade infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma tendência de queda em todas as regiões.



Observe no gráfico acima: no Brasil, em 1990, registravam-se 48 óbitos por mil nascidos vivos e, e em 2000, 29,6.

Entretanto, ainda existem grandes diferenças regionais: a taxa de mortalidade infantil da Região Nordeste, por exemplo, é cerca de duas vezes a taxa observada nas demais regiões.

Brasil no mundo: mortalidade total e infantil
Observe a mortalidade total e a mortalidade infantil por continentes:

Mortalidade total - Na África e na Europa encontra-se o maior número de mortes por mil habitantes.

Mortalidade infantil - A América Latina possui a terceira maior taxa de mortalidade infantil, ficando logo atrás da África e da Ásia. Essas taxas sobressaem ainda mais quando são comparadas com as da Europa e com as da América do Norte.



Compare a taxa de mortalidade infantil do Brasil com as de outros países da América do Sul.



Natalidade

(N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante 1 ano)

Desde a década de 70 vem ocorrendo uma redução na taxa de natalidade no Brasil.









Esperança de Vida

(Quantos anos, em média, espera-se que viva um recém-nascido)

Atualmente, a esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 68 anos. Mas nem sempre foi assim...



O total de anos que, em média, os homens esperam viver não é o mesmo total de anos que em média a mulher espera viver: a esperança de vida para os homens é de 65 anos e para mulheres é de 72 anos.

Em todos os continentes a esperança de vida para as mulheres é maior do que a esperança de vida para os homens. As maiores taxas estão na América no Norte e na Europa.


Fonte:http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/fecundidade.html

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