Mitologia Grega
Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação.
Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses. Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.
os deuses da mitologia
NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun ( o sol nascente ) e Re ou Rá ( o sol do meio dia ).
ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.
AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.
RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.
SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.
TEFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.
NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.
GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.
OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.
ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo de seu nome.
SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.
NÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.
HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.
HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).
ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.
TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.
MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.
PTAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).
SEKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...
BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.
KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.
SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.
O MITO DE OSIRIS
SEGUN DO O QUE CONTA O SEU RESPEITO, OSIRIS CHEGOU AO EGITO ACOMPANHADO DE SUA IRMA-ESPOSA DEUSA ISIS.CRIOU HÚMUS ,LODO FÉRTIL EXISTENTE NO LEITO DO RIO NILO . ENSINOU HOMENS A PRATICAR A AGRICULTURA E A METALURGIA .TORNOU A VIDA POSSIVEL GRAÇAS A VEGETAÇAO QUE, TRAZIA ABUNDAÇIA E BENEFÍCIOS A SEU POVO.
PAPIRO
TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.
KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.
ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.
BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.
Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.
APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.
A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.
Curiosidades Egípcias
CLEÓPATRA VII - (69 a.C. à 30 a.C).
* Cleópatra foi uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e um dos governantes mais famosos do Antigo Egito, sendo conhecida apenas por Cleópatra, ainda que tivessem existido outras Cleópatras a precedê-la, e que permanecem desconhecidas do grande público.
Nunca foi a detentora única do poder no seu país - de fato co-governou sempre com um homem ao seu lado: primeiramente o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho.
Em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, e, dela era a autoridade de fato.
Algumas de suas excentricidades são citadas em livros de história:
- Ocupava vinte damas de companhia na preparação de seus banhos.
- Ficava até seis horas mergulhada na água extraída de plantas aromáticas.
- Cleópatra testava e eficiência de seus venenos dando-os aos escravos.
LIBRA EGÍPCIA
* A libra egípcia é a moeda oficial do Egito. A libra também é chamada de "pound"
libras egípcias (ou pounds)
Uma (1) libra egípcia equivale a 100 piastras (ou "centavos"), ou seja, 3 libras egípcias são 300 piastras. Atualmente (2007), R$1,00 corresponde a, aproximadamente, 2,60 libras egípcias. Os valores faciais das moedas egípcias atuais são: 5 piastras (bronze), 10 piastras (níquel), 20 piastras (níquel), 25 piastras (moeda furada/níquel), 50 piastras (níquel) e 1 libra (moeda bimetálica).
pistras (centavos)
Muitos são os "lugares" e "personagens" cunhados nessas moedas. A de 10 piastras, por exemplo, apresenta a imagem da mesquita de Mohamed Ali, localizada no Cairo, capital do Egito. Já a de 50 piastras mostra Cleópatra, enquanto na bimetálica é possível ver a famosa máscara mortuária de Tutankhamon.
As cédulas mostram outras personagens e outros lugares. Os valores faciais das cédulas egípcias são: 1 libra, 5 libras, 10 libras, 20 libras, 50 libras e 100 libras, esta última mostrando a Esfinge de Gizé. Todas elas são muito ricas em detalhes e cores, e a predominância da língua é o árabe, que divide espaço com o inglês, decorrente da colonização britânica. Clique abaixo e veja algumas fotos das moedas atuais do Egito.
Fotos das moedas atuais do Egito
Veja as cédulas atuais do Egito
PIRÂMIDES
* Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito. As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.
"O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo".
Curiosidades sobre as Pirâmides
- Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas dos reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.
- A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.
- As pirâmides de Gizéh são um dos monumentos mais famosos do mundo.
- Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.
- As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol.
- Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.
- Existem hoje no Egito 80 pirâmides; A Grande Pirâmide, de 147 m de altura, é a maior de todas.
- Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões.
- Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos.
- A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel em 1900, 4.500 anos depois da construção da pirâmide.
- Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente.
- Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.
- A construção da pirâmide foi feita com pedras justapostas, ou seja "encaixadas", sem auxílio de cimento ou qualquer material colante, e alguns blocos estão tão bem unidos que não é possível passar entre eles uma folha de papel, até mesmo uma agulha.
ESFINGES
* Esfinges são monstros fabulosos com cabeça humana e corpo de leão.
A mais conhecida é a esfinge de Gizeh, nas proximidades de Mênfis, no Egito, a pouco mais de cem metros das pirâmides e junto à foz do Nilo.
A grande esfinge é uma das maiores estátuas lavradas numa única pedra em todo o planeta e foi construída pelos antigos egípcios no terceiro milênio a.C.. Porém, existe um grupo de pesquisadores que afirma que a esfinge seria muito mais antiga, datando de, no mínimo, 10.000 a.C. , baseando-se na análise do calcário e sinais de erosão provocados por água.
Mede 39 metros de comprimento e 17 metros de altura.
A esfinge, em grego, personifica um "monstro que estrangula quem não adivinhar os seus enigmas".
A esfinge egípcia é uma antiga criatura mítica, icônica, tida como um leão estendido — animal com associações solares sacras — com uma cabeça humana, usualmente a de um faraó. Simboliza força e sabedoria.
A esfinge de Gizeh é um símbolo que representou a essência do Egito durante milhares de anos. Mesmo com todas as fotografias que podemos ver da Esfinge, nada pode realmente preparar você para o momento em que seus próprios olhos pousarão nesse imenso monumento.
Uma visão dela de forma longitudinal pode revelar a proporção do corpo até a cabeça. Pode parecer que a cabeça é pequena em relação ao corpo. Por causa das constantes mudanças de terreno no deserto, o corpo da esfinge já foi enterrado diversas vezes na areia no decorrer dos anos. Recentemente em 1905, a areia foi removida e expôs a magnitude e beleza da totalidade do monumento.
As patas por si mesmas medem cerca de quinze metros enquanto que o comprimento total dessa parte é de quarenta e cinco metros. A cabeça tem dez metros de comprimento por quatro metros de largura. Algumas camadas da pedra são mais leves do que outras o que provocou um alto grau de erosão que modificou os detalhes originais da figura talhada.
A mais popular versão sobre a construção da esfinge sustenta que ela foi construída pela quarta dinastia de reis, por Kéfren. Este rei era um dos filhos de Khufu que é reconhecido como o construtor da grande pirâmide. A esfinge se alinha com a Pirâmide de Kéfren.
Apesar da cabeça da esfinge ter sofrido desgaste e prejuízos de toda sorte ao longo de sua existência, traços de sua pintura original ainda podem ser vistos perto de uma das orelhas. Acredita-se que a esfinge era completamente pintada e muito colorida. Desde então o nariz e a barba foram arrancados da escultura. O nariz foi a vítima desafortunada da prática de tiro ao alvo dos turcos no período turco. Assumiu-se erroneamente que o nariz tinha sido acertado pelos homens de Napoleão, mas desenhos do século dezoito revelam que o nariz já tinha se perdido muito antes da chegada de Napoleão.
FARAÓS
Eram intitulados como Faraós os reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito.
É difícil de determinar datas precisas na história dos faraós, já que os testemunhos desta época são escassos, além de virem de uma época em que a própria história estava nos seus primórdios (isto é, a escrita ainda estava nos seus inícios).
coroas de faraós
A tradição egípcia apresenta Menés como sendo o primeiro faraó ao unificar o Egito (até então dividido em dois reinos). Segundo esta tradição, este seria o primeiro governante humano do Egito, a seguir ao reinado mítico do deus Hórus.
Documentos históricos, parecem testemunhar essa reunificação sob o faraó Menés, cerca de 3100 a.C., ainda que os egiptólogos pensem que a instituição faraônica seja anterior. Por isso, se fala também de uma Dinastia 0.
Quanto ao último dos faraós, todos estão de acordo em dizer que se tratou de Ptolomeu XV, filho de César e Cleópatra.
MÚMIAS
As múmias são cadáveres embalsamados por algumas sociedades que acreditam no retorno do espírito ao corpo.
Tal processo, chamado de mumificação, tem como fim preservar o corpo para a recepção do "espírito".
Os antigos egípcios tinham o costume de embalsamar os seus faraós. Todos os órgãos eram retirados e os cadáveres eram enrolados em uma espécie de bandagem.
Os órgãos internos retirados das múmias eram armazenados em vasos canopticos.
Os faraós eram enterrados com todos os seus bens.
MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO
* Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamados de múmias.
Eram assim, embalsamados da seguinte maneira: em primeiro lugar, cérebro, intestinos e outros órgãos vitais eram retirados. Nessas cavidades, colocavam-se resinas aromáticas e perfumes. Depois, os cortes eram fechados. Mergulhava-se então o cadáver num tanque com nitrato de potássio (salitre) para que a umidade do corpo fosse absorvida.
Ele permanecia ali por setenta dias. Após esse período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa. Só aí o morto ia para a tumba. Esse processo conservava o cadáver praticamente intacto por séculos.
A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C., foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos.
CALENDÁRIO EGÍPCIO
O Calendário egípcio é considerado o primeiro calendário da história da humanidade.
O calendário solar (a marcação é baseada nos movimentos do sol), foi utilizado por primeira vez pelos egípcios, há cerca de 6000 anos. Destaque-se que esta precisão do calendário solar egípcio há 6000 anos só foi possível graças à posição geográfica do país, de onde se pode observar Sírius, que é a mais brilhante estrela do céu.
Nesta contagem, o ano possuía 12 meses de 30 dias cada mês, que perfazia 360 dias. Entretanto, 5 dias a mais eram adicionais no final do ano para comemorar o aniversário de Osíris, Hórus, Ísis, Neftis e Set, com isso o calendário totalizava 365 dias. Já dividiam o dia em 24 horas.
Como curiosidade, registre-se que os egípcios chegaram a notar que a duração exata do ano era de 365 dias e 1/4, mas não chegaram a corrigir o calendário, senão em 238 a.C.
O calendário egípcio foi estudado e reconhecido pelos astrônomos gregos, tendo se tornado o calendário base da astronomia por muito tempo.
PALAVRAS DE ORIGEM EGÍPCIA
Algumas palavras da língua portuguesa, como alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua egípcia.
De igual forma, certas expressões, como "anos de vacas magras", são também de origem egípcia.
A palavra algoritmo deriva do nome árabe do inventor da álgebra - e é apenas uma das palavras portuguesas de origem árabe, como álcool, azimute, nadir, zênite, café, laranja, garrafa e oásis. Existem muitas mais.
A língua portuguesa foi francamente enriquecida devido à passagem dos árabes pela península ibérica, especialmente nas áreas técnicas (artesanato, agricultura, etc).
GÊNIO DA LÂMPADA
No folclore árabe, os gênios são espíritos que tem poderes sobrenaturais e aparecem em diversas formas e tamanhos. Podem ser bons ou maus, dependendo de seu mestre. Vivem em lugares inóspitos, como garrafas vazias.
Gênio é a tradução usual em português para o termo árabe jinn.
De acordo com a mitologia, os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no Paraíso, grosso modo igual ao dos anjos, embora na hierarquia celeste fossem provavelmente considerados inferiores àqueles. Deles é dito serem feitos de ar e fogo.
Entre os arqueólogos lidando com antigas culturas do Oriente Médio, qualquer espírito mitológico inferior a um deus é freqüentemente referenciado como um "gênio", especialmente quando descrevem relevos em pedra e outras formas de arte. Esta prática se inspira no sentido original do termo "gênio" como sendo simplesmente um espírito de algum tipo.
Sendo compostos de fogo ou ar e tendo a capacidade de assumir qualquer forma humana ou animal, os jinni podem residir no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objeto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, os jinni, embora inferiores aos demônios, são não obstante extremamente fortes e astuciosos. Eles possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, mas estão livres de quaisquer restrições físicas.
A palavra árabe jinni deriva do verbo "Djanna" que significa, "ser coberto ou escondido", e com o verbo na voz ativa, significa: "cobrir ou esconder". Algumas pessoas dizem que jinn, portanto, significa as qualidades ou capacidades ocultas do homem. Outras pessoas alegam que significa seres da selva, ocultos nos montes. Segundo a crença islâmica os gênios vivem na Terra em um mundo paralelo ao da humanidade do qual podem ir e voltar a vontade sendo invisíveis aos olhos humanos sempre que desejam.
Nem todos os jinni são casos totalmente perdidos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Na maioria dos casos citados na literatura e no folclore, contudo, eles se divertem em punir os seres humanos por quaisquer atos que considerem nocivos, e são assim responsabilizados por muitas moléstias e todos os tipos de acidentes. Todavia, quem conhecer os necessários procedimentos mágicos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio.
TAMAREIRA
* A tamareira, árvore egípcia tradicional desde a época dos faraós, demora de 150 a 200 anos para dar seu primeiro fruto. Significa que se você plantar hoje uma tamareira, provavelmente só o seu tataraneto colherá a primeira tâmara.
PALAVRAS CRUZADAS
* As Palavras Cruzadas foram criadas no Egito há 2000 anos; encontradas num fragmento de papiro, remanescente do período Greco-Romano com pistas e enigmas baseadas nos mesmos princípios da moderna palavra cruzada.
O mais remoto antepassado conhecido das Palavras Cruzadas é talvez o caso da estela encontrada na cidade de Tebas no túmulo do sumo sacerdote Neb-wenenef nomeado para aquela função durante o primeiro ano do reinado de Ramsés II, faraó da XIX dinastia (1320 - 1200 a.C.). No lado esquerdo do corredor que dá acesso à câmara interna do túmulo, encontrou-se a estela, uma grande pedra na qual foram gravadas imagens humanas e uma série de hieróglifos. O texto da estela contém apenas uma série de frases elogiosas sobre o deus Osíris, protetor dos mortos, como era usual naqueles tempos. Mas a forma pela qual os hieróglifos foram dispostos surpreendeu os arqueólogos. São ao todo 11 linhas horizontais. Bem no centro delas, uma coluna foi marcada para indicar que os hieróglifos, lidos no sentido vertical, também fazem sentido. Ou seja, as linhas da coluna delimitam uma frase completa para ser lida de cima para baixo, formada por alguns dos símbolos das outras frases gravadas no sentido horizontal.
ESCARAVELHO
Escaravelho é a designação comum a insetos coleópteros (besouros), especialmente os que vivem de excrementos de mamíferos herbívoros.
Há cerca de 2000 espécies de escaravelhos no mundo.
No Egito Antigo, o escaravelhos eram seres sagrados, sendo usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição.
É considerado um símbolo de sorte por nascer entre as fezes do camelo no calor do deserto.
Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o Além.
CIÊNCIAS
* A química, a física, a álgebra e a astronomia são de origem árabe;
EGITO FARAÔNICO E ÁRABE
* Muita gente que pensa em visitar o Egito acredita que ainda irá encontrar por lá, os faraós e tudo aquilo que vê nos filmes épicos de Hollywood. Tudo isso, já não existe há praticamente 2000 anos.
O Egito se tornou um país árabe a partir do Século VII, mais precisamente em 639, com a invasão muçulmana liderada pelo califa Omar.
Com sua expedição militar, expulsou definitivamente o poder bizantino por volta de 642.
Ao longo dos séculos seguintes a população que habitava o Egito acabaria por se converter ao islã (religião muçulmana) e por adotar como língua, o árabe.
O Período Faraônico (Egito Antigo) inicia-se em cerca de 3100 a.C. e termina em 30 a.C. quando o Egito, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII.
Apesar da civilização egípcia (faraônica) ter terminado há dois mil anos, parte do seu legado continua vivo no mundo atual. É sempre importante situar-se para não confundir: Egito Antigo (faraônico) e Egito Moderno (árabes).
A História do Egito corresponde a uma das mais longas histórias de um território do mundo. Sempre foi um país cobiçado por muitos povos em função de sua posição estratégica. Para entender melhor isso, veja os períodos importantes um pouco mais subdivididos:
1) pré-dinástico (4.500 a.C. a 3.000 a.C. - poucos registros encontrados)
2) faraônico (3.100 a.C. até 343 a.C.)
3) persa (343 a.C. até 332 a.C.)
4) greco-romano (332 a.C. até 330 d.C.)
5) bizantino (330 d.C. até 641 d.C.)
6) islâmico (a partir do Séc. VII)
7) otomano (1517 - 1798)
8) franco-britânico (1798 - 1952)
9) contemporâneo (1952 até hoje)
A língua egípcia sobreviveu até o Século V d.C. de forma demótica (um um tipo de escrita popular, adotado pelas classes mais pobres da sociedade egípcia), e até a Idade Média como língua copta, perfazendo uma existência de mais de quatro milênios.
A língua oficial do Egito moderno é o árabe egípcio, que gradualmente substitui a língua copta como idioma cotidiano nos séculos posteriores à conquista muçulmana do país.
A língua copta ainda é utilizada como língua litúrgica pela Igreja Copta Ortodoxa.
CANAL DE SUEZ
* O Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e um dos grandes focos da economia do Egito. É o eixo de união entre o Oriente e Ocidente (tem 163 Km de extensão e 70 metros de largura). Aqui temos uma situação interessante: de um lado está o continente asiático (isso mesmo, Ásia), do outro lado está a África.
Este canal, construído a partir de 1859 (foram 10 anos de obras, utilizando 1,5 milhão de trabalhadores), possibilitou a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Os navios que usam essa rota têm de atravessar o canal e, claro, pagar altas taxas de "pedágio".
Caso contrário, tem que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança (literalmente falando), e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico).
Os romanos já utilizavam a região para passagem de pequenas embarcações. Era chamado de "Canal dos Faraós".
A idéia deste texto não é se concentrar em fatos históricos, mas é sempre bom dar uma pincelada bem humorada em alguns fatos e, se possível, proporcionar algum conhecimento sobre o Egito.
Assim, muita coisa sobre a história recente do Canal de Suez pode ser compreendida nos três parágrafos abaixo:
A disputa pelo canal
Em 1888, a Convenção de Constantinopla definiu que o Canal de Suez deveria servir a embarcações de todos os países mesmo em tempos de guerra. Inglaterra e Egito assinaram, em 1936, um acordo que assegurava a presença militar do Reino Unido na região do canal por um período de 20 anos.
Com a retirada das tropas inglesas, em 1956, o presidente egípcio Gamal Nasser iniciou um conflito ao nacionalizar o canal e impedir a passagem de navios com a bandeira de Israel. Neste mesmo ano, com o auxílio do Reino Unido e da França, o exército israelense invadiu o Egito. Derrotado, mas contando com o apoio da ONU, dos EUA e da União Soviética, o Egito garantiu o controle sobre o canal. O preço do apoio foi a abertura do canal para a navegação internacional.
Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias (conflito entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria), a passagem é novamente fechada. A partir de 1975 o Canal de Suez é reaberto para todas as nações do mundo.
Aí vão mais alguns dados importantes sobre o Canal de
Suez:
- é o mais longo canal do mundo, com 163 quilômetros
de extensão. Sua travessia dura cerca de 15 horas a uma velocidade de 14 km/h;
- possui três lagos em seu percurso. Não há eclusas;
- a sua largura mínima é de 55 metros;
- comporta navios de até 500 metros de comprimento por
70 metros de largura;
- o valor médio das taxas pagas por petroleiros é de
US$ 70 mil;
- entre 1996 e 1997, o Egito arrecadou, apenas com o
pedágio, US$ 1,8 bilhão.
Conseguem entender a importância desse canal para o Egito?
INDÚSTRIA EGÍPCIA
* A indústria egípcia é considerada a mais antiga do mundo (remonta a 7.000 anos). A primeira amostra de tecelagem foi produzida na época de Ramsés III;
PAPIROS & HIERÓGLIFOS
* Os papiros eram os papéis da antiguidade. Apesar de aparência frágil, duraram milhares de anos e sua conservação nos trouxe muito da vida existente naquela época.
Os escribas desenhavam os hieróglifos (alfabeto egípcio), nos papiros e paredes.
Os hieróglifos foram usados durante um período de 3500 anos para escrever a antiga língua do povo egípcio.
Existem inscrições desde antes de 3000 a.C. até 394 d.C., data aparente da última inscrição hieroglífica, numa pedra descoberta na Ilha de Philae.
Constituíam uma escrita monumental e religiosa, pois era usada nas paredes dos templos, túmulos, etc. Existem poucas evidências de outras utilizações.
Quando e como desapareceram os hieróglifos
Durante os mais de 3 milênios em que foram usados, os egípcios inventaram cerca de 6900 sinais. Um texto escrito nas épocas dinásticas não continha mais do que 700 sinais, mas no final desta civilização já eram usados milhares de hieróglifos, o que complicava muito a leitura, sendo isso mais um dos fatores que tornavam impraticável o seu uso e levaram ao seu desaparecimento.
Com a invasão de vários povos estrangeiros ao longo da sua história, a língua e escrita locais foram se alterando, incorporando novos elementos.
Fatores decisivos foram a introdução das línguas grega e romana, com a conquista pelos respectivos impérios.
Também o cristianismo, ao negar a religião politeísta local, contribuiu bastante para que o conhecimento desta escrita se perdesse, no Século V depois de Cristo.
Tudo o que estava relacionado com os antigos deuses egípcios era considerado pagão, e portanto, proibido.
INCENSO
* O incenso era muito valioso no Egito Antigo. Muitas árvores foram importadas do Oriente para serem plantadas naquele país.
Seu uso para reverenciar divindades, meditar e limpar ambientes é bastante comum há milhares de anos. Por isso não admira que, segundo o relato bíblico, Jesus Cristo, ao nascer, tenha recebido incenso, mirra e ouro de presente dos Reis Magos. A forte ligação do incenso com o elemento Ar, simbolizada pela fumaça, assim como o marcante apelo olfativo (o olfato tem contato direto com o processamento de emoções e com a memória) talvez expliquem o fascínio que este ritual sempre exerceu sobre os seres humanos.
De acordo com antropólogos e historiadores, os primeiros povos a prepararem incensos foram os egípcios. Os incensos eram preparados com ervas e resina de árvores consideradas sagradas. Os egípcios eram bastante experientes na fabricação de incenso, e o faziam em templos, o que revela, desde aí, sua ligação com as cerimônias e as atividades relacionadas à vida espiritual. A própria manufatura dos bastões era um ritual complexo e bastante secreto.
MITOLOGIA EGÍPCIA
* Mitologia egípcia ou, em sentido lato, religião egípcia, refere-se às divindades, mitos e práticas cultuais dos habitantes do Antigo Egito.
Não existiu propriamente uma "religião" egípcia, pois as crenças - frequentemente diferentes de região para região - não eram a parte mais importante, mas sim o culto aos deuses, que eram considerados os donos legítimos do solo do Egito, terra que tinham governado no passado distante.
As fontes para o estudo da mitologia e religião egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos.
Em relação às fontes escritas, os Egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças.
Em geral, os investigadores modernos centram seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.
O Livro das Pirâmides é uma compilação de fórmulas mágicas e hinos cujo objetivo é proteger o faraó e garantir a sua sobrevivência no Além. Os textos encontram-se escritos sobre os muros dos corredores das câmaras funerárias das pirâmides de Sakkara. Do ponto de vista cronológico, situam-se na época da V e VI dinastias.
O Livro dos Sarcófagos, uma recolha de textos escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior de sarcófagos de madeira da época do Império Médio, tinha também como função, ajudar os mortos no outro mundo.
Por último, o Livro dos Mortos, que inclui os textos das obras anteriores para além de textos originais, data do Império Novo. Esta obra era escrita em rolos de papiro pelos escribas e vendida às pessoas para ser colocada nos túmulos.
Outras fontes escritas são os textos dos autores gregos e romanos, como os relatos de Heródoto(século V a.C.) e Plutarco(século I d.C.).
EGIPTOLOGIA
Egiptologia é o estudo da cultura egípcia. É uma área da arqueologia e da história antiga.
Ainda que comumente associada ao período faraônico, a Egiptologia também se estende desde as origens pré-dinásticas (anterior à unificação - 3150 a.C) até períodos mais recentes da história do Egito.
A disciplina surgiu, oficialmente, quando da criação da cadeira de Egiptologia no Collège de France para Jean-François Champollion (1790-1832), após sua decifração da escrita egípcia, os hieróglifos.
A partir daí, uma nova luz abriu-se para os documentos dessa terra lendária que poderia ser interpretada, finalmente, através do ponto de vista dos próprios egípcios (até então, vigoravam as interpretações bíblicas e de autores greco-romanos).
A egiptologia foi ganhando novas ramificações ao se tornar uma ciência mais madura. Técnicas arqueológicas mais acuradas foram aplicadas na descoberta e conservação dos monumentos, envolvendo um amplo leque de disciplinas em estudos arquitetônicos, biológicos e físicos, entre outros.
Hoje em dia, a exploração de um sítio arqueológico no Egito envolve um longo processo de estudo antes de se começar qualquer escavação.
Uma metodologia criteriosa é indispensável para a conservação das descobertas e este processo envolve igualmente sua análise e publicação para torná-las de acesso público.
KHAN EL KHALILI
É um imenso bazar no coração do Cairo !
Na verdade, Khan el Khalili é um dos mais interessantes bazares não só no Egito, mas em todo o Oriente Médio. Tem mais de 1000 anos.
Este mercado tradicional remete a uma atmosfera medieval devido a disposição do labirinto de suas ruas (são centenas), oferecendo aos visitantes o prazer e o vislumbre de como eram estes lugares na Idade Média.
Você vai se perder em meio à tantas lojas e tantas possibilidades de compra.
"KHAN"quer dizer "lugar" e "EL KHALILI" é o nome de quem dava
repouso às caravanas de comércio que ali chegavam. Do comércio entre o povo egípcio e as caravanas comerciais nasceu há mais de mil anos KHAN EL KHALILI, que hoje é um bairro comercial, um imenso bazar na cidade do Cairo.
Tem esse nome em homenagem ao príncipe Jaharkas Al Khalili (um dos mais poderosos mamelucos do Século XIV). Era um grande artesão e produzia lembranças orientais típicas de forma incomum.
Nas ruelas de Khan el Khalili pode-se encontrar artesanatos manuais dos mais simples aos mais elaborados. Sem dúvida, um lugar dos mais exóticos e que caracteriza de forma completa o Egito de ontem e de hoje. Nem tudo é de alta qualidade. Existe muita imitação de originais. Portanto, exercite a paciência de procurar e manter-se sem gastar momentaneamente.
Cafés, restaurantes, lojas e um grande número de compradores e vendedores, constituindo um panorama dinâmico.
Neste fabuloso mercado árabe, em meio à vozes, animais domésticos e barracas de alimentos de todo gênero, num ir e vir de pessoas de todas as partes do mundo, vêem-se artistas dos mais variados gêneros oferecendo os seus trabalhos manuais . Ao mesmo tempo pode-se acompanhar a elaboração de um objeto artesanal, passo a passo.
Homens vestidos com suas túnicas (galabias) e seus turbantes, discutem exaltados compras e vendas de mercadorias. Um lugar contrastante para todo ocidental.
É perfeitamente seguro para passear e fazer compras, apesar de você ter a sensação que a todo momento alguém lhe espreita. Existe uma quantidade incrível de pessoas circulando dia e noite.
É recomendado ao visitar que você não compre de imediato os produtos oferecidos. É tradicional barganhar com os vendedores até chegar ao preço que está disposto a pagar. Isso pode levar a alguns minutos ou horas. Em meio a isso, provavelmente em todos os lugares que você parar, vão lhe oferecer um tradicional chá de "karkadêh" (a base de flor de hibiscus - amargo no início e meio adocicado no final).
Lembre-se: os preços não são fixos... dependem do momento e da cara do freguês. Portanto, pechinche muito!
LUXOR (antiga Tebas)
* A Luxor moderna cresceu a partir das ruínas de Tebas, antiga capital do Império Novo (1550-1069 a.C.) e situa-se a 670 km ao sul do Cairo.
A sua riqueza, tanto arquitetônica como cultural, fazem dela a cidade mais monumental das que albergam vestígios da antiga civilização egípcia.
O Nilo separa Luxor em duas partes: a margem oriental, outrora consagrada aos vivos, onde encontramos os vestígios dos mais importantes templos dos deuses da mitologia egípcia, e a margem ocidental, consagrada aos mortos, onde se localizam algumas das mais importantes necrópoles do antigo Egito.
Foi em Luxor, no Vale dos Reis, que aconteceu a descoberta do túmulo de Tutankhamon, em 1922, pelo célebre arqueólogo e egiptólogo inglês Howard Carter.
Em Luxor concentram-se basicamente 6% de todos os monumentos existentes no mundo e sempre estão descobrindo novos sítios arqueológicos e tumbas.
Apenas para se ter uma idéia do que pode ser visto: 1) Templo de Karnak, 2) Templo de Luxor, 3) Museu de Luxor, 4) Vale das Rainhas, 5) Templo mortuário da Raínha Hatshepshut, 6) Vale dos Nobres, 7) Templo de Medinet Habu e o 8) Vale dos Reis (que possui 62 túmulos dos faraós e também os túmulos dos faraós Tutankhamon, Ramsés IX, Seti I, Ramsés VI e o de Horemheb).
Os túmulos aí existentes designam-se pelas siglas KV (significando Kings Valley, em português "Vale dos Reis") seguidas de um número, atribuído a ordem cronológica da descoberta de cada túmulo.
No total existem 62 túmulos, sendo o mais importante o número "62", do Faraó Tutankhamon, mais pelo espólio do achado do que, porventura, da importância do faraó.
Ramsés II presume-se, tinha mais de 150 filhos sepultados no Vale dos Reis.
Ainda hoje se continuam a retirar jóias dos túmulos dos filhos de Ramsés.
Em 1994 os arqueólogos começaram a escavar o túmulo KV5, considerado pouco importante até então. Encontrou-se o maior e mais complexo túmulo do Vale dos Reis. Julga-se ter encontrado o túmulo dos 52 filhos de Ramsés II. Até agora foram descobertos uma sala com 16 colunas, vários corredores e mais de 100 câmaras. Apesar de não terem sido encontrados tesouros, foram no entanto recuperados do entulho milhares de artefatos.
Os trabalhos arqueológicos, ainda longe do fim, prolongar-se-ão por vários anos antes de se abrir o túmulo ao público.
TUTANKHAMON
Tutankhamon foi um Faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência.
Casou-se com Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon.
Assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezenove anos, sem herdeiros.
Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta.
Ao ser aberta, em 1922, ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3400 anos atrás.
Fonte:http://www.khanelkhalili.com.br/curiosidades.htm
terça-feira, 17 de agosto de 2010
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