terça-feira, 31 de agosto de 2010

Ter filhos hoje: uma nova realidade



Por que a natalidade está caindo? e apesar do elevado número de nascimentos havia paralelamente um grande índice d


O Brasil ocupa, na atualidade, o quinto lugar em número de população, ficando atrás somente da China, Índia, Estados Unidos e Indonésia.
O número de habitantes do Brasil é resultado de um acelerado processo de crescimento natural ou vegetativo que ocorreu a partir do século XIX e foi incrementado no transcorrer do século XX, resultado dos elevados índices de natalidade e da imigração que ocorreu no país.

O crescimento natural ou vegetativo de um país é calculado da seguinte forma: obtém-se o número de nascimentos e dele subtrai o número de mortos, ou seja, se uma cidade teve 400 nascimentos e 250 falecimentos houve crescimento, pois o primeiro superou o segundo.

Sem dúvida, o período que houve maior crescimento populacional no Brasil foi no decorrer do século XX, no início desse as condições médico-sanitárias eram precárias e falecimentos. As pessoas morriam por problemas relativamente fáceis de serem solucionados, mas esbarravam na falta de informação e de serviços médicos para o tratamento de tais doenças, muitas vezes as pessoas perdiam suas vidas sem saber que eram, por exemplo, diabéticas e que poderiam ter a vida prolongada caso fosse tratadas.

Esse contexto começou a se alterar a partir dos anos 40, que foi um momento marcado pelo surgimento de diversas vacinas e técnicas de tratamento de doenças, além disso, as pessoas tiveram maior acesso aos serviços sanitários e médicos, sendo assim, ocorreu uma melhoria na qualidade de vida das pessoas. Com a implantação de tais medidas, os índices de mortalidade diminuíram enquanto que as taxas de natalidade se elevaram, diante desses dois fatores houve um crescimento acelerado da população no país.

Se comparadas aos países industrializados, as taxas de natalidade brasileiras permanecem altas, entretanto, houve uma diminuição desse crescimento, principalmente nas últimas décadas. Essa alteração populacional foi proveniente do processo de urbanização que se desenvolveu durante os anos 40, no ano de 1970 a população urbana era maior que a rural, fato até então nunca detectado no país.

Com a nova realidade urbana da população, algumas mudanças de ordem social, econômica e cultural aconteceram, essas resultaram na queda do número de filhos por família. Além desses, outros fatores também contribuíram para a queda do crescimento populacional do país, entre eles estão:

• Redução do trabalho familiar: essa era uma prática comum no meio rural, consistia em ter muitos filhos para exercer atividades nas propriedades rurais, assim a família não precisava pagar um trabalhador assalariado. Com a urbanização essa característica foi sendo substituída, pois a vida nas cidades exigia maiores gastos.

• Queda no número de casamento precoce: a realidade rural promovia o casamento entre pessoas muito jovens, já nos centros urbanos as pessoas contraem matrimônio com idades mais elevadas e tendem a ter poucos filhos.

• Custos com filhos: oferecer uma boa qualidade de vida e educação a um filho no contexto urbano requer elevados gastos financeiros (educação, saúde, alimentação adequada entre outros), devido a esse fator os pais começaram a planejar mais o número de filhos a serem concebidos, adequando-o ao orçamento familiar. A vida no campo não exigia grandes gastos por não haver preocupação com educação, transporte e outros.

• A mulher profissional: quando as mulheres tinham como função somente cuidar da casa e dos filhos elas não ocupavam atividades profissionais, mas com a urbanização a mulher começou a contribuir com o mercado de trabalho. Com a ocupação remunerada, essa não encontrava tempo e nem recursos para ter muitos filhos, esses passaram para o segundo plano, uma vez que a prioridade era manter o emprego e ajudar na composição do orçamento familiar.

• Métodos anticoncepcionais: nas cidades existe maior circulação de informações, facilitada pelos meios de comunicação e pelos próprios médicos, nesse contexto surgiram procedimentos que impediam a gestação, algo que não ocorria em áreas rurais.

Fonte:http://www.mundoeducacao.com.br/geografia/natalidade-no-brasil.htm


Fecundidade

Fecundidade da mulher brasileira
(Nº médio de filhos que uma mulher teria ao final de sua idade reprodutiva)

Em 1970 a mulher brasileira tinha, em média, 5,8 filhos. Trinta anos depois, esta média era de 2,3 filhos.





Em 2000, com exceção da Região Norte, as demais Regiões apresentaram taxas de fecundidade próximas à taxa média nacional (2,3).

A Região Sudeste apresentou a menor taxa de fecundidade: 2,2 filhos por mulher.



No mundo, no final do século XX, a taxa de fecundidade era de 2,9 filhos por mulher, Nos países mais desenvolvidos esta taxa era de 1,5, e nos países menos desenvolvidos, em torno de 3,2. Compare a fecundidade no Brasil com a fecundidade em outros países da América do Sul no gráfico abaixo.




Fecundidade na adolescência
A média de idade da fecundidade da mulher brasileira diminuiu acentuadamente de 1980 para 2000 em todas as regiões.



O dados do Censo 2000 indicam uma elevação da contribuição da fecundidade das mulheres mais jovens na fecundidade total, isto é, considerado o total de filhos de todas as mulheres em idade fértil, aumentou o percentual de filhos das jovens entre 15 e 19 anos nesse total.

Esta elevação se observa principalmente no Centro-Oeste, Norte e Nordeste.



A taxa de fecundidade das mulheres com menos de 20 anos na África, América Latina, América do Norte e Ásia, é mostrada no gráfico abaixo. No Brasil, essa taxa é de 32%.



Mortalidade

Mortalidade total
(N° de pessoas que morrem por 1000 habitantes durante 1 ano)

A taxa de mortalidade total no Brasil apresentou um grande declínio de 1950 a 1970, e desde então vem caindo em pequenas proporções.



Mortalidade infantil
(Crianças menores de 1 ano de idade que morrem por 1000 nascidos vivos durante o período de 1 ano)

A taxa de mortalidade infantil durante os últimos dez anos do século XX apresentou uma tendência de queda em todas as regiões.



Observe no gráfico acima: no Brasil, em 1990, registravam-se 48 óbitos por mil nascidos vivos e, e em 2000, 29,6.

Entretanto, ainda existem grandes diferenças regionais: a taxa de mortalidade infantil da Região Nordeste, por exemplo, é cerca de duas vezes a taxa observada nas demais regiões.

Brasil no mundo: mortalidade total e infantil
Observe a mortalidade total e a mortalidade infantil por continentes:

Mortalidade total - Na África e na Europa encontra-se o maior número de mortes por mil habitantes.

Mortalidade infantil - A América Latina possui a terceira maior taxa de mortalidade infantil, ficando logo atrás da África e da Ásia. Essas taxas sobressaem ainda mais quando são comparadas com as da Europa e com as da América do Norte.



Compare a taxa de mortalidade infantil do Brasil com as de outros países da América do Sul.



Natalidade

(N° de pessoas que nascem por 1000 habitantes durante 1 ano)

Desde a década de 70 vem ocorrendo uma redução na taxa de natalidade no Brasil.









Esperança de Vida

(Quantos anos, em média, espera-se que viva um recém-nascido)

Atualmente, a esperança de vida ao nascer do brasileiro é de 68 anos. Mas nem sempre foi assim...



O total de anos que, em média, os homens esperam viver não é o mesmo total de anos que em média a mulher espera viver: a esperança de vida para os homens é de 65 anos e para mulheres é de 72 anos.

Em todos os continentes a esperança de vida para as mulheres é maior do que a esperança de vida para os homens. As maiores taxas estão na América no Norte e na Europa.


Fonte:http://www.ibge.gov.br/ibgeteen/pesquisas/fecundidade.html

terça-feira, 24 de agosto de 2010


O que é alergia?

Uma alergia pode se referir a vários tipos de reações imunológicas, incluindo hipersensibilidade tipo I na qual o corpo da pessoa é hipersensível e desenvolve anticorpos para proteínas típicas.

O que é alergenos


Quando uma pessoa é hipersensível essas substâncias são conhecidas como alérgenos. A hipersensibilidade tipo I é caracterizada pela ativação excessiva das células mastócitas e basófilas pela imunoglobulina E, ocasionando em uma resposta inflamatória sistêmica que pode resultar desde sintomas benignos, como nariz escorrendo, até choque anafilático que pode requer tratamento por toda a vida e levar à morte. Febre do feno é um exemplo de tipo de alergia comum de menor gravidade. Grande parte da população sofre de sintomas da febre do feno em resposta ao pólen.


Tipos de alergenos


Alergia a animais:

No caso de alergia a animais, reduzir o contato com eles é muito importante. Os sintomas tendem a desaparecer na medida em que se eliminem pêlos e resíduos dos animais no meio ambiente, não esuqecer que a limpesa da casa é um fator importante para a melhora da alergia.

Em muitos casos, a remoção do animal caseiro é a única solução embora possa ser muito traumática. No caso da remoção do animal não ser possível, entretanto, não se deve permitir a entrada do animal principalmente no quarto de dormir do paciente e a casa deve, se possivel, aspirada diariamente.

Se um membro da família é alérgico, é conveniente, como medida preventiva, retirar os animais da casa. Isto ajuda a prevenir o desenvolvimento de alergias adicionais. Tapetes,tecidos, etc, feitos de pêlo de animal devem ser evitados. Contato com animais fora de casa deve ser evitado. Um problema pode surgir quando indivíduos alérgicos visitam casas onde existem animais domésticos. A melhor solução é usar equipamentos profiláticos antes da visita.

Alergia a Pó caseiro:

No caso de alergia ao pó doméstico, a casa deve ser limpa, de preferência com aspirador de pó, diariamente, especialmente o quarto de dormir. A limpeza deve ser realizada por uma pessoa não alérgica.

Deve-se evitar o uso de tapetes e móveis susceptíveis ao acumulo de pó.

Os dormitórios, na medida do possível devem ser mantidos livres de pó, e os colchões e travesseiros devem preferencialmente ser de material sintético.

A alergia ao pó pode ser provocada pelos ácaros existentes no pó doméstico. Estes são organismos microscópicos que vivem nas roupas da cama e nos tapetes. Os pacientes devem ser aconselhados a trocar de roupa de cama com preferência, tomar banho e trocar de roupa de preferência diariamente. Observando-se que colchões e travesseiros devem ser encapados com capas específicas.

Alergia a Fungos:

No caso de alergia a fungos, deve-se evitar ambientes úmidos, caso não seja possível utilizar desumidificador e purificador de ar nos locais contaminados por fungos.

O pó doméstico pode conter grandes quantidades de fungos.

Os pacientes devem evitar áreas onde os fungos proliferam, como, por exemplo, montes de folhas de árvores, toras de madeira, áreas fortemente sombreadas ou de espessa vegetação. Durante a época da colheita, devem-se evitar os lugares. Arejar bem os ambientes que permanecem fechados durante muito tempo.

Alergias a Pólens:

Evitar o contato direto com o pólen, isto é, não colher flores e evitar ter flores dentro de casa.

Durante a polinização, as janelas dos quartos de dormir, devem ser mantidas fechadas para que o vento não introduza o pólen. Além disso, é aconselhável arejar a roupa de cama na parte da manhã, quando o nível de pólen no ar é mais baixo.

Durante os dias secos e quentes, pode haver necessidade do paciente permanecer em casa com as portas e janelas fechadas, uma vez que existe grande quantidade de pólen no ar.

Alergia a Insetos:

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Mitologia Grega



Os deuses do antigo Egito, foram Faraós que reinaram no período pré dinástico. Assim, os mitos foram inspirados em histórias que aconteceram de verdade, milhares de anos antes de sua criação.
Para a cultura do antigo Egito o casamento consangüíneo tinha o sentido de complementaridade, unir céu e terra, seco e úmido, por essa razão diversos deuses eram irmãos que se casavam entre si.
Osiris foi o primeiro Faraó e, que com o passar do tempo foi divinizado. Seu reinado em vida marcou uma época de prosperidade e ao morrer passou a ser o soberano do reino dos mortos.
Os deuses egípcios eram representados ora sob forma humana, ora sob forma de animais, considerados sagrados. O culto de tais animais era um aspecto importante da religião popular dos egípcios. Os teólogos oficiais afirmam que neles encarnava-se uma parcela das forças espirituais e da personalidade de um ou mais deuses. Deve ser entendido que o "deus" não residia em cada vaca ou em cada crocodilo. O culto era dirigido a um só indivíduo da espécie, escolhido de acordo com determinados sinais e entronizado num recinto especial. Ao morrerem, os animais sagrados eram cuidadosamente mumificados e sepultados em cemitérios exclusivos.

os deuses da mitologia

NUN, é a divindade mais primitiva do panteão de Heliópolis. Personificava o abismo líquido ou as águas primordiais, a partir do qual todo o mundo foi criado; é a divindade mais velha e sábia de todas. Era representado como um homem barbado, com uma pena na cabeça e portando um cajado. É uma divindade bissexual e à vezes masculino. Nun gerou Atun ( o sol nascente ) e Re ou Rá ( o sol do meio dia ).


ATUN, Uma das manifestações do deus sol, especialmente ao entardecer, original de Heliópolis, era representado por um homem barbado usando a coroa dupla do faraó e menos freqüentemente, como uma serpente usando as duas coroas do Alto e do Baixo Egito. Era considerado o rei de todos os deuses, aquele que criou o universo. É o mesmo deus Rê ou Rá que gerou Shu o ar e Tefnut a umidade. Atun e Rê ou Rá, foram mais tarde unidos ao deus carneiro de Tebas Amon e ficou conhecido pelo nome de Amon-Rê ou Amon-Rá.



AMON, o deus-carneiro de Tebas, rei dos deuses e patrono dos faraós, ele é o senhor dos templos de Luxor e Karnac. Tem por esposa Mut e por filho Khonsu. Passou a ser cultuado por volta de 2000 a.C. e traz algumas funções de Rá, sob o nome de Amon-Rê ou Amon-Rá, o criador dos deuses e da ordem divina. Ele é o sol que dá vida ao país. À época de Ramsés III. Amon tornou-se um título monárquico, mesmo título que Ptah e Rá. Freqüentemente representado como um homem vestido com a túnica real e usando na cabeça duas altas plumas do lado direito, ele se manifesta, igualmente, sob a forma de um carneiro e, mais raramente, de um ganso.



RÁ ( ou Rê), o criador dos deuses e da ordem divina, recebeu de Nun seu pai (mãe) o domínio sobre a Terra, mas o mundo não estava completamente acabado. Rá se esforçou tanto para terminar o trabalho da criação que chorou. De suas lágrimas, que banharam o solo, surgiram os seres humanos, masculinos e femininos. Eles foram criados como os deuses e os animais e Rá tratou de fazê-los felizes, tudo o que crescia sobre os campos lhes foi dado para que se alimentassem, não deixava faltar o vento fresco, nem o calor do sol, as enchentes ou as vazantes do Nilo. Como era considerado o criador dos homens, os egípcios denominavam-se o "rebanho de Rá". O deus nacional do Egito, o maior de todos os deuses, criador do universo e fonte de toda a vida, era o Sol, objeto de adoração em qualquer lugar. A sede de seu culto ficava em Heliópolis, o mais antigo e próspero centro comercial do Baixo Egito. Na Quinta Dinastia Rá, o Deus-Sol de Heliópolis, tornou-se uma divindade do estado. Foi retratado pela arte egípcia sob muitas formas e denominações e era também representado por um falcão, por um homem com cabeça de falcão ou ainda, mais raramente, por um homem. Quando representado por uma cabeça de falcão estabelecia-se uma identidade com Hórus, outro deus solar adorado em várias partes do país desde tempos remotos.


SHU, é o deus do ar e da luz, personificação da atmosfera diurna que sustenta o céu. Tem a tarefa de trazer Rá, o deus Sol, seu pai, e o faraó à vida no começo de cada dia. É representado por um homem barbado usando na cabeça uma pena simples ou quatro longas plumas. É a essência da condição seca, do gênero masculino, calor, luz e perfeição. Aparece frequentemente nas pinturas, como um homem segurando Nut, a deusa do céu, para separá-la de Geb, o deus da Terra. Com Tefnut, sua esposa, formava o primeiro par de divindades da enéade de Heliópolis. Era associado ao Leão.


TEFNUT, considerada a deusa da umidade vivificante, que espera o sol libertar-se do horizonte leste para recebê-lo e não há seca por onde Tefnut passa. A deusa é irmã e mulher de Shu. É o símbolo das dádivas e da generosidade. Ela é retratada como uma mulher com a cabeça de uma leoa, indicando poder. Shu afasta a fome dos mortos, enquanto Tefnut afasta a sede. Shu e Tefnut são os pais de Geb e Nut.


NUT, deusa do céu que acolhe os mortos no seu império, é muitas vezes representada sob a forma de uma vaca. Com o seu corpo alongado, coberto por estrelas, forma o arco da abóbada celeste que se estende sobre a terra. É como um abraço da deusa do céu sobre Geb, o deus da Terra. Nut e Geb são pais de Osiris, Isis, Seth, Néftis e Hathor. Osiris e Isis já se amavam no ventre da mãe e a maldade de Seth, logo ficou evidente, quando ao nascer, este rasgou o ventre da mãe.


GEB, o deus da Terra é irmão e marido de Nut. É o suporte físico do mundo material, sempre deitado sob a curva do corpo de Nut. Ele é o responsável pela fertilidade e pelo sucesso nas colheitas. Ele estimula o mundo material dos indivíduos e lhes assegura enterro no solo após a morte. Geb umedece o corpo humano na terra e o sela para a eternidade. Nas pinturas é sempre representado com um ganso sobre a cabeça.


OSÍRIS, irmão e marido de Isis, pai de Hórus. A origem de Osíris consta nos relatos da criação do mundo, sua geração é a ultima a acontecer e não representa mais os elementos materiais (espaço, luz, terra, céu...). Na lenda, que evoca o retorno da vida com a cheia do Nilo, após o período da seca, Osíris é morto, destruído e ressuscitado, representando a morte e renascimento da vegetação e de todos os seres. Por essa razão, ele é o deus dos mortos e do renascimento, rei e juiz supremo do mundo dos mortos. Acredita-se que ele tenha sido o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização.



ÍSIS, é a mais popular de todas as deusas egípcias, considerada a deusa da família, o modelo de esposa e mãe, invencível e protetora. Usa os poderes da magia para ajudar os necessitados. Ela criou o rio Nilo com as suas lágrimas. Conta a lenda que, após a morte de Osíris, ela transforma-se em um milhafre para chorá-lo, reúne os pedaços de seus despojos, se empenha em reanima-lo e dele concebe um filho, Horus. Ela defende com unhas e dentes seu rebento contra as agressões de seu tio Seth. Perfeita esposa e mãe ela é um dos pilares da coesão sócio-religiosa egípcia. Usa na cabeça um assento com espaldar (trono) que é o hieróglifo de seu nome.


SETH, personifica a ambição e o mal. Considerado o deus da guerra e Senhor do Alto Egito durante o domínio dos Hicsos, tinha seu centro de culto na cidade de Ombos. Embora inicialmente fosse um deus benéfico, com o passar do tempo tornou-se a personificação do mal. Era representado por um homem com a cabeça de um tipo incerto de animal, parecido com um cachorro de focinho e orelhas compridas e cauda ereta, ou ainda como Tífon, um animal imaginário formado por partes de diferentes seres, com a cabeça de um bode, orelhas grandes, como um burro. Associavam-no ao deserto aos trovões e às tempestades. Identificado com o lado negativo da lenda, a luta entre Osiris e Seth era a luta da terra fértil contra a areia do deserto.


NÉFTIS, é a esposa de Seth, mas quando este trai e assassina Osíris, por quem era apaixonada, ela permanece solidária à Isis, ajudando-a a reunir os membros espalhados do defunto e também tomando a forma de um milhafre para velá-lo e chorá-lo. Como Isis, ela protege os mortos, sarcófagos e um dos vasos canopos. O hieróglifo de seu nome é um cesto colocado sobre uma coluna, que usa na cabeça,. É ainda na campanha de Isis que ela acolhe o sol nascente e o defende contra a terrível serpente Apófis.

HÁTOR, personificação das forças benéficas do céu, depois de Isis, é a mais venerada das deusas. Distribuidora do amor e da alegria, deusa do céu e protetora das mulheres, nutriz do deus Hórus e do faraó, patrona do amor, da alegria, da dança e da música. Também é a protetora da necrópole de Tebas, que sai da falésia para acolher os mortos e velar os túmulos. Seu centro de culto era a cidade de Dendera, mas havia templos dessa divindade por toda parte. É representada na forma de uma mulher com chifres de vaca e disco solar na cabeça, uma mulher com cabeça de vaca ou por uma vaca que usava um disco solar e duas plumas entre os chifres. As vezes é retratada por um rosto de mulher visto de frente e provido de orelhas de vaca, a cabeleira separada em duas abas com as extremidades enroladas.

HÓRUS, filho de Isis e Osíris, Horus teve uma infância difícil, sua mãe teve de escondê-lo de seu tio Seth que cobiçava o trono de seu pai Osiris. Após ter triunfado sobre Seth e as forças da desordem, ele toma posse do trono dos vivos; o faraó é sua manifestação na terra. Ele é representado como um homem com cabeça de falcão ou como um falcão, sempre usando as duas coroas do Alto e Baixo Egito. Na qualidade de deus do céu, Hórus é o falcão cujos olhos são o sol e a lua. Com o nome de "Horus do horizonte", assume uma das formas do sol, a que clareia a terra durante o dia. Mantenedor do universo e de todo tipo de vida, Horus era adorado em todo lugar. Ele é considerado o mais importante de todos os deuses, aquele que guia as almas até o Dwat ( Reino dos Mortos ).


ANÚBIS, filho de Seth e Néftis, é o mestre dos cemitérios e o patrono dos embalsamares. É na realidade o primeiro entre eles, a quem se deve o protótipo das múmias, a de Osíris. Todo egípcio esperava beneficiar-se em sua morte do mesmo tratamento e do mesmo renascimento desta primeira múmia. Anúbis também introduz os mortos no além e protege seus túmulos com a forma de um cão, vigilante, deitado em uma capela ou caixão. Anúbis era também associado ao chacal, animal que freqüentava as necrópoles e que tem por hábito desenterrar ossos, paradoxalmente representava para os egípcios a divindade considerada a guarda fiel dos túmulos. No reino dos mortos, era associado ao palácio de Osiris, na forma de um homem com cabeça de cão ou chacal, era o juiz que, após uma série de provas por que passava o defunto, dizia se este era justo e merecia ser bem recebido no além túmulo ou se, ao contrário, seria devorado por um terrível monstro, Amut. Anúbis tinha seu centro de culto em Cinópolis.

TOTH, divindade à qual era atribuída a revelação ao homem de quase todas as disciplinas intelectuais, a escrita, a aritmética, as ciências em geral e a magia. Era o deus-escriba e o deus letrado por excelência. Havia sido o inventor da escrita hieroglífica e era o escriba dos deuses; senhor da sabedoria e da magia. O que faz dele o patrono dos escribas que lhe endereçam uma prece antes de escrever. "Mestre das palavras divinas". Preside a medida do tempo, o disco na cabeça é a lua, cujas fases ritmam os dias e as noites. Representado como um íbis ou um homem com cabeça de íbis, ou ainda um babuíno.


MAÁT, esta deusa, que traz na cabeça uma pluma de avestruz, representa a justiça e a verdade, o equilíbrio, a harmonia do Universo tal como foi criado inicialmente. É também a deusa do senso de realidade. Filha de Rá e de um passarinho que apaixonando-se pela luminosidade e calor do Sol, subiu em sua direção até morrer queimado. No momento da incineração uma pena voou. Era Maat. É a pena usada por Anúbis para pesar o coraçáo daqueles que ingressam no Dwat. Em sociedade, este respeito pelo equilíbrio implica na prática da equidade, verdade, justiça; no respeito às leis e aos indivíduos; e na consciência do fato que o tratamento que se inflige aos outros pode nos ser infligido. É Maát, muito simbolicamente, que se oferece aos deuses nos templos. Protetora dos templos e tribunais.


PTAH, deus de Mênfis que foi a capital do Egito no Antigo Império, Ptah é "aquele que afeiçoou os deuses e fez os homens" e "que criou as artes". Concebeu o mundo em pensamento e o criou por sua palavra. Seu grande sacerdote chama-se "o superior dos artesãos". É, realmente, muito venerado pelos trabalhadores manuais, particularmente pelos ourives. Tem o préstimo dos operários de Deir el-Medineh. Apresenta-se com uma vestimenta colante que lhe dá a impressão de estar sem pescoço e usando na cabeça uma calota. Tem como esposa a deusa Sekhmet e por filho Nefertum, o deus do nenúfar ( plantas aquáticas ).


SEKHMET, uma mulher com cabeça de leoa, encimada pelo disco solar, era uma de suas representações que, por sua vez, simbolizava os poderes destrutivos do Sol. Embora fosse uma leoa sanguinária, também operava curas e tinha um frágil corpo de moça. Era a deusa cruel da guerra e das batalhas e tanto causava quanto curava epidemias. Essa divindade feroz era adorada na cidade de Mênfis. Sua juba ( dizem os textos ) era cheia de chamas, sua espinha dorsal tinha a cor do sangue, seu rosto brilhava como o sol... o deserto ficava envolto em poeira, quando sua cauda o varria...



BASTET, uma gata ou uma mulher com cabeça de gata simbolizava a deusa Bastet e representava os poderes benéficos do Sol. Seu centro de culto era Bubástis, cujo nome em egípcio ( Per Bast ) significa a casa de Bastet. Em seu templo naquela cidade a deusa-gata era adorada desde o Antigo Império e suas efígies eram bastante numerosas, existindo, hoje, muitos exemplares delas pelo mundo. Quando os reis líbios da XXII dinastia fizeram de Bubástis sua capital, por volta de 944 a.C., o culto da deusa tornou-se particularmente desenvolvido.


KHNUM, um dos deuses relacionados com a criação era simbolizado por um carneiro, animal considerado excepcionalmente prolífico pelos egípcios. Segundo a lenda, o deus Khnum, um homem com cabeça de carneiro, era quem modelava, em seu forno de oleiro, os corpos dos deuses e, também, dos homens e mulheres, pois plasmava em sua roda todas as crianças ainda por nascer. Principal deus da Ilha Elefantina, localizada ao norte da primeira catarata do Nilo, onde as águas são alternadamente tranquilas e revoltas. Tem duas esposas Anuket (águas calmas) e Sati ( a inundação). Um dos velhos deuses cósmicos, é descrito como autor das coisas que são, origem das coisas criadas, pai dos pais e mãe das mães. Sua esposa Anuket ou Heqet, deusa com cabeça de rã, também era associada à criação e ao nascimento.


SEBEK, um crocodilo ou um homem com cabeça de crocodilo representavam essa divindade aliada do implacável deus Seth. O deus-crocodilo, era venerado em cidades que dependiam da água, como Crocodilópolis, seu centro de culto, na região do Faium, onde os sáurios eram criados em tanques e adornados com jóias, eram protegidos, nutridos e domesticados. Um homem ferido ou morto por um crocodilo era considerado privilegiado. A adoração desse animal foi sobretudo importante durante o Médio Império.

O MITO DE OSIRIS

SEGUN DO O QUE CONTA O SEU RESPEITO, OSIRIS CHEGOU AO EGITO ACOMPANHADO DE SUA IRMA-ESPOSA DEUSA ISIS.CRIOU HÚMUS ,LODO FÉRTIL EXISTENTE NO LEITO DO RIO NILO . ENSINOU HOMENS A PRATICAR A AGRICULTURA E A METALURGIA .TORNOU A VIDA POSSIVEL GRAÇAS A VEGETAÇAO QUE, TRAZIA ABUNDAÇIA E BENEFÍCIOS A SEU POVO.

PAPIRO

TUÉRIS, (Taueret ) era a deusa-hipopótamo que protegia as mulheres grávidas e os nascimentos. Ela assegurava fertilidade e partos sem perigo. Adorada em Tebas, é representada em inúmeras estátuas e estatuetas sob os traços de um hipopótamo fêmea erguido, com patas de leão, de mamas pendentes e costas terminadas por uma espécie de cauda de crocodilo. Além de amparar as crianças, Tueris também protegia qualquer pessoa de más influências durante o sono.


KHEPRA, (escaravelho, em egípcio) ou um homem com um escaravelho no lugar da cabeça também representavam o deus-Sol. Nesse caso o besouro simbolizava o deus Khepra e sua função era nada menos que a de mover o Sol, como movia a bolazinha de excremento que empurrava pelos caminhos. Associados à idéia mitológica de ressurreição, os escaravelhos eram motivo freqüente das peças de ourivesaria encontradas nos túmulos egípcios.

ÁPIS, o boi sagrado que os antigos egípcios consideravam como a expressão mais completa da divindade sob a forma animal e que encarnava, ao mesmo tempo, os deuses Osíris e Ptah. O culto do boi Ápis, em Mênfis, existia desde a I dinastia pelo menos. Também em Heliópolis e Hermópolis este animal era venerado desde tempos remotos. Essa antiga divindade agrária, simbolizava a força vital da natureza e sua força geradora.

BABUINO ou cinocéfalo é um grande macaco africano, cuja cabeça oferece alguma semelhança com os cães. No antigo Egito este animal estava associado ao deus Thoth, considerado o deus da escrita, do cálculo e das atividades intelectuais. Era o deus local em Hermópolis, principal cidade do Médio Egito. Deuses particularmente numerosos parecem ter se fundido no deus Thoth: deuses-serpentes, deuses-rãs, um deus-íbis, um deus-lua e este deus-macaco.

Í BIS, uma ave pernalta de bico longo e recurvado. Existe uma espécie negra e outra de plumagem castanha com reflexos dourados, mas era o íbis branco, ou íbis sagrado, que era considerado pelos egípcios como encarnação do deus Thoth. Esta ave tem parte da cabeça e todo o pescoço desprovido de penas. Sua plumagem é branca, exceto a da cabeça, da extremidade das asas e da cauda, que é muito negra. Um homem com cabeça de íbis, era outra das representações daquele deus.

APÓFIS, a serpente que habitava o além-túmulo, representava as tempestades e as trevas. É descrita no chamado Livro de Him no Inferno, uma obra que narra a viagem do deus-Sol pelo reino das sombras durante a noite. Nessa jornada, enquanto visitava o reino dos mortos, a divindade lutava contra vários demônios que tentavam impedir sua passagem. As serpentes estavam entre os adversários mais perigosos e o demônio líder de todos eles era Apófis a grande serpente.

A mitologia egípcia inclui muitos deuses e deusas, entretanto, geralmente representam o mesmo conjunto de forças e arquétipos. O grupo acima descrito, resume de modo satisfatório o grande panorama da religião egípcia que perdurou durante milênios.


Curiosidades Egípcias


CLEÓPATRA VII - (69 a.C. à 30 a.C).

* Cleópatra foi uma das mulheres mais conhecidas da história da humanidade e um dos governantes mais famosos do Antigo Egito, sendo conhecida apenas por Cleópatra, ainda que tivessem existido outras Cleópatras a precedê-la, e que permanecem desconhecidas do grande público.

Nunca foi a detentora única do poder no seu país - de fato co-governou sempre com um homem ao seu lado: primeiramente o seu pai, o seu irmão (com quem casaria mais tarde) e, depois, com o seu filho.

Em todos estes casos, os seus companheiros eram apenas reis titularmente, e, dela era a autoridade de fato.

Algumas de suas excentricidades são citadas em livros de história:
- Ocupava vinte damas de companhia na preparação de seus banhos.
- Ficava até seis horas mergulhada na água extraída de plantas aromáticas.
- Cleópatra testava e eficiência de seus venenos dando-os aos escravos.





LIBRA EGÍPCIA

* A libra egípcia é a moeda oficial do Egito. A libra também é chamada de "pound"


libras egípcias (ou pounds)

Uma (1) libra egípcia equivale a 100 piastras (ou "centavos"), ou seja, 3 libras egípcias são 300 piastras. Atualmente (2007), R$1,00 corresponde a, aproximadamente, 2,60 libras egípcias. Os valores faciais das moedas egípcias atuais são: 5 piastras (bronze), 10 piastras (níquel), 20 piastras (níquel), 25 piastras (moeda furada/níquel), 50 piastras (níquel) e 1 libra (moeda bimetálica).


pistras (centavos)

Muitos são os "lugares" e "personagens" cunhados nessas moedas. A de 10 piastras, por exemplo, apresenta a imagem da mesquita de Mohamed Ali, localizada no Cairo, capital do Egito. Já a de 50 piastras mostra Cleópatra, enquanto na bimetálica é possível ver a famosa máscara mortuária de Tutankhamon.

As cédulas mostram outras personagens e outros lugares. Os valores faciais das cédulas egípcias são: 1 libra, 5 libras, 10 libras, 20 libras, 50 libras e 100 libras, esta última mostrando a Esfinge de Gizé. Todas elas são muito ricas em detalhes e cores, e a predominância da língua é o árabe, que divide espaço com o inglês, decorrente da colonização britânica. Clique abaixo e veja algumas fotos das moedas atuais do Egito.

Fotos das moedas atuais do Egito

Veja as cédulas atuais do Egito



PIRÂMIDES

* Das sete maravilhas do mundo antigo, as oitenta pirâmides são as únicas sobreviventes. Foram construídas por volta de 2690 a.C., a 10 km do Cairo, capital do Egito. As três mais célebres pirâmides de Gizéh (Quéops, Quéfren e Miquerinos) ocupam uma área de 129.000 m2. A maior delas (Queóps) foi construída pelo mais rico dos faraós, e empregou cem mil operários durante 20 anos. Se enfileirássemos os blocos de granito das três pirâmides, eles dariam a volta ao mundo.

"O tempo ri para todas as coisas, mas as pirâmides riem do tempo".

Curiosidades sobre as Pirâmides

- Estas três majestosas pirâmides foram construídas como tumbas dos reis Kufu (ou Quéops), Quéfren, e Menkaure (ou Miquerinos) - pai, filho e neto.

- A maior delas, com 147 m de altura (49 andares), é chamada Grande Pirâmide, e foi construída cerca de 2550 a.C. para Kufu, no auge do antigo reinado do Egito.

- As pirâmides de Gizéh são um dos monumentos mais famosos do mundo.

- Como todas as pirâmides, cada uma faz parte de um importante complexo que compreende um templo, uma rampa, um templo funerário e as pirâmides menores das rainhas, todo cercado de túmulos (mastabas) dos sacerdotes e pessoas do governo, uma autêntica cidade para os mortos.

- As valas aos pés das pirâmides continham botes desmontados: parte integral da vida no Nilo sendo considerados fundamentais na vida após a morte, porque os egípcios acreditavam que o defunto-rei navegaria pelo céu junto ao Rei-Sol.

- Apesar das complicadas medidas de segurança, como sistemas de bloqueio com pedregulhos e grades de granito, todas as pirâmides do Antigo Império foram profanadas e roubadas possivelmente antes de 2000 a.C.

- Existem hoje no Egito 80 pirâmides; A Grande Pirâmide, de 147 m de altura, é a maior de todas.

- Se a Grande Pirâmide estivesse na cidade de Nova Iorque por exemplo, ela poderia cobrir sete quarteirões.

- Todos os quatro lados são praticamente do mesmo comprimento, com uma exatidão não existente apenas por alguns centímetros. Isso mostra como os antigos egípcios estavam avançados na matemática e na engenharia, numa época em que muitos povos do mundo ainda eram caçadores e andarilhos.



- A Grande Pirâmide manteve-se como a mais alta estrutura feita pelo homem até a construção da Torre Eiffel em 1900, 4.500 anos depois da construção da pirâmide.

- Para os egípcios, a pirâmide representava os raios do Sol, brilhando em direção à Terra. Todas as pirâmides do Egito foram construídas na margem oeste do Nilo, na direção do sol poente.

- Os egípcios acreditavam que, enterrando seu rei numa pirâmide, ele se elevaria e se juntaria ao sol, tomando o seu lugar de direito com os deuses.

- A construção da pirâmide foi feita com pedras justapostas, ou seja "encaixadas", sem auxílio de cimento ou qualquer material colante, e alguns blocos estão tão bem unidos que não é possível passar entre eles uma folha de papel, até mesmo uma agulha.





ESFINGES

* Esfinges são monstros fabulosos com cabeça humana e corpo de leão.
A mais conhecida é a esfinge de Gizeh, nas proximidades de Mênfis, no Egito, a pouco mais de cem metros das pirâmides e junto à foz do Nilo.
A grande esfinge é uma das maiores estátuas lavradas numa única pedra em todo o planeta e foi construída pelos antigos egípcios no terceiro milênio a.C.. Porém, existe um grupo de pesquisadores que afirma que a esfinge seria muito mais antiga, datando de, no mínimo, 10.000 a.C. , baseando-se na análise do calcário e sinais de erosão provocados por água.

Mede 39 metros de comprimento e 17 metros de altura.
A esfinge, em grego, personifica um "monstro que estrangula quem não adivinhar os seus enigmas".

A esfinge egípcia é uma antiga criatura mítica, icônica, tida como um leão estendido — animal com associações solares sacras — com uma cabeça humana, usualmente a de um faraó. Simboliza força e sabedoria.
A esfinge de Gizeh é um símbolo que representou a essência do Egito durante milhares de anos. Mesmo com todas as fotografias que podemos ver da Esfinge, nada pode realmente preparar você para o momento em que seus próprios olhos pousarão nesse imenso monumento.

Uma visão dela de forma longitudinal pode revelar a proporção do corpo até a cabeça. Pode parecer que a cabeça é pequena em relação ao corpo. Por causa das constantes mudanças de terreno no deserto, o corpo da esfinge já foi enterrado diversas vezes na areia no decorrer dos anos. Recentemente em 1905, a areia foi removida e expôs a magnitude e beleza da totalidade do monumento.



As patas por si mesmas medem cerca de quinze metros enquanto que o comprimento total dessa parte é de quarenta e cinco metros. A cabeça tem dez metros de comprimento por quatro metros de largura. Algumas camadas da pedra são mais leves do que outras o que provocou um alto grau de erosão que modificou os detalhes originais da figura talhada.

A mais popular versão sobre a construção da esfinge sustenta que ela foi construída pela quarta dinastia de reis, por Kéfren. Este rei era um dos filhos de Khufu que é reconhecido como o construtor da grande pirâmide. A esfinge se alinha com a Pirâmide de Kéfren.

Apesar da cabeça da esfinge ter sofrido desgaste e prejuízos de toda sorte ao longo de sua existência, traços de sua pintura original ainda podem ser vistos perto de uma das orelhas. Acredita-se que a esfinge era completamente pintada e muito colorida. Desde então o nariz e a barba foram arrancados da escultura. O nariz foi a vítima desafortunada da prática de tiro ao alvo dos turcos no período turco. Assumiu-se erroneamente que o nariz tinha sido acertado pelos homens de Napoleão, mas desenhos do século dezoito revelam que o nariz já tinha se perdido muito antes da chegada de Napoleão.




FARAÓS

Eram intitulados como Faraós os reis (com estatuto de deuses) no Antigo Egito.

É difícil de determinar datas precisas na história dos faraós, já que os testemunhos desta época são escassos, além de virem de uma época em que a própria história estava nos seus primórdios (isto é, a escrita ainda estava nos seus inícios).


coroas de faraós

A tradição egípcia apresenta Menés como sendo o primeiro faraó ao unificar o Egito (até então dividido em dois reinos). Segundo esta tradição, este seria o primeiro governante humano do Egito, a seguir ao reinado mítico do deus Hórus.

Documentos históricos, parecem testemunhar essa reunificação sob o faraó Menés, cerca de 3100 a.C., ainda que os egiptólogos pensem que a instituição faraônica seja anterior. Por isso, se fala também de uma Dinastia 0.

Quanto ao último dos faraós, todos estão de acordo em dizer que se tratou de Ptolomeu XV, filho de César e Cleópatra.



MÚMIAS

As múmias são cadáveres embalsamados por algumas sociedades que acreditam no retorno do espírito ao corpo.

Tal processo, chamado de mumificação, tem como fim preservar o corpo para a recepção do "espírito".

Os antigos egípcios tinham o costume de embalsamar os seus faraós. Todos os órgãos eram retirados e os cadáveres eram enrolados em uma espécie de bandagem.

Os órgãos internos retirados das múmias eram armazenados em vasos canopticos.

Os faraós eram enterrados com todos os seus bens.





MUMIFICAÇÃO - EMBALSAMAMENTO

* Mumificação é o nome do processo aprimorado pelos egípcios em que retiram-se os principais órgãos, além do cérebro do cadáver, dificultando assim a sua decomposição. Geralmente, os corpos são colocados em sarcófagos de pedra e envoltos por faixas de algodão ou linho. Após o processo ser concluído são chamados de múmias.

Eram assim, embalsamados da seguinte maneira: em primeiro lugar, cérebro, intestinos e outros órgãos vitais eram retirados. Nessas cavidades, colocavam-se resinas aromáticas e perfumes. Depois, os cortes eram fechados. Mergulhava-se então o cadáver num tanque com nitrato de potássio (salitre) para que a umidade do corpo fosse absorvida.

Ele permanecia ali por setenta dias. Após esse período, o corpo era lavado e enrolado numa bandagem de algodão, com centenas de metros, embebida em betume, uma substância pastosa. Só aí o morto ia para a tumba. Esse processo conservava o cadáver praticamente intacto por séculos.

A múmia do faraó Ramsés II, que reinou no Egito entre 1304 e 1237 a.C., foi encontrada em 1881 apenas com a pele ressecada. Os cabelos e os dentes continuavam perfeitos.


CALENDÁRIO EGÍPCIO

O Calendário egípcio é considerado o primeiro calendário da história da humanidade.

O calendário solar (a marcação é baseada nos movimentos do sol), foi utilizado por primeira vez pelos egípcios, há cerca de 6000 anos. Destaque-se que esta precisão do calendário solar egípcio há 6000 anos só foi possível graças à posição geográfica do país, de onde se pode observar Sírius, que é a mais brilhante estrela do céu.

Nesta contagem, o ano possuía 12 meses de 30 dias cada mês, que perfazia 360 dias. Entretanto, 5 dias a mais eram adicionais no final do ano para comemorar o aniversário de Osíris, Hórus, Ísis, Neftis e Set, com isso o calendário totalizava 365 dias. Já dividiam o dia em 24 horas.

Como curiosidade, registre-se que os egípcios chegaram a notar que a duração exata do ano era de 365 dias e 1/4, mas não chegaram a corrigir o calendário, senão em 238 a.C.



O calendário egípcio foi estudado e reconhecido pelos astrônomos gregos, tendo se tornado o calendário base da astronomia por muito tempo.



PALAVRAS DE ORIGEM EGÍPCIA

Algumas palavras da língua portuguesa, como alquimia, química, adobe, saco, papel, gazela e girafa, têm origens na língua egípcia.

De igual forma, certas expressões, como "anos de vacas magras", são também de origem egípcia.

A palavra algoritmo deriva do nome árabe do inventor da álgebra - e é apenas uma das palavras portuguesas de origem árabe, como álcool, azimute, nadir, zênite, café, laranja, garrafa e oásis. Existem muitas mais.

A língua portuguesa foi francamente enriquecida devido à passagem dos árabes pela península ibérica, especialmente nas áreas técnicas (artesanato, agricultura, etc).



GÊNIO DA LÂMPADA

No folclore árabe, os gênios são espíritos que tem poderes sobrenaturais e aparecem em diversas formas e tamanhos. Podem ser bons ou maus, dependendo de seu mestre. Vivem em lugares inóspitos, como garrafas vazias.


Gênio é a tradução usual em português para o termo árabe jinn.

De acordo com a mitologia, os jinni foram criados dois mil anos antes da feitura de Adão e eram possuidores de elevada posição no Paraíso, grosso modo igual ao dos anjos, embora na hierarquia celeste fossem provavelmente considerados inferiores àqueles. Deles é dito serem feitos de ar e fogo.

Entre os arqueólogos lidando com antigas culturas do Oriente Médio, qualquer espírito mitológico inferior a um deus é freqüentemente referenciado como um "gênio", especialmente quando descrevem relevos em pedra e outras formas de arte. Esta prática se inspira no sentido original do termo "gênio" como sendo simplesmente um espírito de algum tipo.


Sendo compostos de fogo ou ar e tendo a capacidade de assumir qualquer forma humana ou animal, os jinni podem residir no ar, no fogo, sob a terra e em praticamente qualquer objeto inanimado concebível: pedras, lamparinas, garrafas vazias, árvores, ruínas etc. Na hierarquia sobrenatural, os jinni, embora inferiores aos demônios, são não obstante extremamente fortes e astuciosos. Eles possuem todas as necessidades físicas dos humanos, podendo até mesmo serem mortos, mas estão livres de quaisquer restrições físicas.

A palavra árabe jinni deriva do verbo "Djanna" que significa, "ser coberto ou escondido", e com o verbo na voz ativa, significa: "cobrir ou esconder". Algumas pessoas dizem que jinn, portanto, significa as qualidades ou capacidades ocultas do homem. Outras pessoas alegam que significa seres da selva, ocultos nos montes. Segundo a crença islâmica os gênios vivem na Terra em um mundo paralelo ao da humanidade do qual podem ir e voltar a vontade sendo invisíveis aos olhos humanos sempre que desejam.

Nem todos os jinni são casos totalmente perdidos. De alguns diz-se que possuem uma disposição favorável em relação à humanidade, ajudando-a quando precisa de ajuda, ou mais provavelmente, quando isto é conveniente para os interesses do jinn. Na maioria dos casos citados na literatura e no folclore, contudo, eles se divertem em punir os seres humanos por quaisquer atos que considerem nocivos, e são assim responsabilizados por muitas moléstias e todos os tipos de acidentes. Todavia, quem conhecer os necessários procedimentos mágicos para lidar com os jinni, pode utilizá-los em proveito próprio.


TAMAREIRA

* A tamareira, árvore egípcia tradicional desde a época dos faraós, demora de 150 a 200 anos para dar seu primeiro fruto. Significa que se você plantar hoje uma tamareira, provavelmente só o seu tataraneto colherá a primeira tâmara.





PALAVRAS CRUZADAS

* As Palavras Cruzadas foram criadas no Egito há 2000 anos; encontradas num fragmento de papiro, remanescente do período Greco-Romano com pistas e enigmas baseadas nos mesmos princípios da moderna palavra cruzada.
O mais remoto antepassado conhecido das Palavras Cruzadas é talvez o caso da estela encontrada na cidade de Tebas no túmulo do sumo sacerdote Neb-wenenef nomeado para aquela função durante o primeiro ano do reinado de Ramsés II, faraó da XIX dinastia (1320 - 1200 a.C.). No lado esquerdo do corredor que dá acesso à câmara interna do túmulo, encontrou-se a estela, uma grande pedra na qual foram gravadas imagens humanas e uma série de hieróglifos. O texto da estela contém apenas uma série de frases elogiosas sobre o deus Osíris, protetor dos mortos, como era usual naqueles tempos. Mas a forma pela qual os hieróglifos foram dispostos surpreendeu os arqueólogos. São ao todo 11 linhas horizontais. Bem no centro delas, uma coluna foi marcada para indicar que os hieróglifos, lidos no sentido vertical, também fazem sentido. Ou seja, as linhas da coluna delimitam uma frase completa para ser lida de cima para baixo, formada por alguns dos símbolos das outras frases gravadas no sentido horizontal.

ESCARAVELHO

Escaravelho é a designação comum a insetos coleópteros (besouros), especialmente os que vivem de excrementos de mamíferos herbívoros.

Há cerca de 2000 espécies de escaravelhos no mundo.

No Egito Antigo, o escaravelhos eram seres sagrados, sendo usados como amuletos relacionados com a vida após a morte e a ressurreição.

É considerado um símbolo de sorte por nascer entre as fezes do camelo no calor do deserto.

Eram muito usados nas mumificações para proteger o morto no caminho para o Além.


CIÊNCIAS

* A química, a física, a álgebra e a astronomia são de origem árabe;

EGITO FARAÔNICO E ÁRABE

* Muita gente que pensa em visitar o Egito acredita que ainda irá encontrar por lá, os faraós e tudo aquilo que vê nos filmes épicos de Hollywood. Tudo isso, já não existe há praticamente 2000 anos.

O Egito se tornou um país árabe a partir do Século VII, mais precisamente em 639, com a invasão muçulmana liderada pelo califa Omar.

Com sua expedição militar, expulsou definitivamente o poder bizantino por volta de 642.

Ao longo dos séculos seguintes a população que habitava o Egito acabaria por se converter ao islã (religião muçulmana) e por adotar como língua, o árabe.

O Período Faraônico (Egito Antigo) inicia-se em cerca de 3100 a.C. e termina em 30 a.C. quando o Egito, já então sob dominação estrangeira, se transformou numa província do Império Romano, após a derrota da rainha Cleópatra VII.

Apesar da civilização egípcia (faraônica) ter terminado há dois mil anos, parte do seu legado continua vivo no mundo atual. É sempre importante situar-se para não confundir: Egito Antigo (faraônico) e Egito Moderno (árabes).

A História do Egito corresponde a uma das mais longas histórias de um território do mundo. Sempre foi um país cobiçado por muitos povos em função de sua posição estratégica. Para entender melhor isso, veja os períodos importantes um pouco mais subdivididos:

1) pré-dinástico (4.500 a.C. a 3.000 a.C. - poucos registros encontrados)
2) faraônico (3.100 a.C. até 343 a.C.)
3) persa (343 a.C. até 332 a.C.)
4) greco-romano (332 a.C. até 330 d.C.)
5) bizantino (330 d.C. até 641 d.C.)
6) islâmico (a partir do Séc. VII)
7) otomano (1517 - 1798)
8) franco-britânico (1798 - 1952)
9) contemporâneo (1952 até hoje)

A língua egípcia sobreviveu até o Século V d.C. de forma demótica (um um tipo de escrita popular, adotado pelas classes mais pobres da sociedade egípcia), e até a Idade Média como língua copta, perfazendo uma existência de mais de quatro milênios.

A língua oficial do Egito moderno é o árabe egípcio, que gradualmente substitui a língua copta como idioma cotidiano nos séculos posteriores à conquista muçulmana do país.

A língua copta ainda é utilizada como língua litúrgica pela Igreja Copta Ortodoxa.



CANAL DE SUEZ


* O Canal de Suez é uma das vias marítimas mais importantes do mundo e um dos grandes focos da economia do Egito. É o eixo de união entre o Oriente e Ocidente (tem 163 Km de extensão e 70 metros de largura). Aqui temos uma situação interessante: de um lado está o continente asiático (isso mesmo, Ásia), do outro lado está a África.

Este canal, construído a partir de 1859 (foram 10 anos de obras, utilizando 1,5 milhão de trabalhadores), possibilitou a ligação entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Vermelho. Os navios que usam essa rota têm de atravessar o canal e, claro, pagar altas taxas de "pedágio".

Caso contrário, tem que dar a volta pelo sul do continente africano, dobrar o Cabo da Boa Esperança (literalmente falando), e tornar a subir para chegar aos países asiáticos (através do Oceano Índico).

Os romanos já utilizavam a região para passagem de pequenas embarcações. Era chamado de "Canal dos Faraós".

A idéia deste texto não é se concentrar em fatos históricos, mas é sempre bom dar uma pincelada bem humorada em alguns fatos e, se possível, proporcionar algum conhecimento sobre o Egito.

Assim, muita coisa sobre a história recente do Canal de Suez pode ser compreendida nos três parágrafos abaixo:



A disputa pelo canal

Em 1888, a Convenção de Constantinopla definiu que o Canal de Suez deveria servir a embarcações de todos os países mesmo em tempos de guerra. Inglaterra e Egito assinaram, em 1936, um acordo que assegurava a presença militar do Reino Unido na região do canal por um período de 20 anos.

Com a retirada das tropas inglesas, em 1956, o presidente egípcio Gamal Nasser iniciou um conflito ao nacionalizar o canal e impedir a passagem de navios com a bandeira de Israel. Neste mesmo ano, com o auxílio do Reino Unido e da França, o exército israelense invadiu o Egito. Derrotado, mas contando com o apoio da ONU, dos EUA e da União Soviética, o Egito garantiu o controle sobre o canal. O preço do apoio foi a abertura do canal para a navegação internacional.

Em 1967, com a Guerra dos Seis Dias (conflito entre Israel e a frente árabe, formada por Egito, Jordânia e Síria), a passagem é novamente fechada. A partir de 1975 o Canal de Suez é reaberto para todas as nações do mundo.




Aí vão mais alguns dados importantes sobre o Canal de
Suez:

- é o mais longo canal do mundo, com 163 quilômetros
de extensão. Sua travessia dura cerca de 15 horas a uma velocidade de 14 km/h;
- possui três lagos em seu percurso. Não há eclusas;
- a sua largura mínima é de 55 metros;
- comporta navios de até 500 metros de comprimento por
70 metros de largura;
- o valor médio das taxas pagas por petroleiros é de
US$ 70 mil;
- entre 1996 e 1997, o Egito arrecadou, apenas com o
pedágio, US$ 1,8 bilhão.




Conseguem entender a importância desse canal para o Egito?


INDÚSTRIA EGÍPCIA

* A indústria egípcia é considerada a mais antiga do mundo (remonta a 7.000 anos). A primeira amostra de tecelagem foi produzida na época de Ramsés III;

PAPIROS & HIERÓGLIFOS

* Os papiros eram os papéis da antiguidade. Apesar de aparência frágil, duraram milhares de anos e sua conservação nos trouxe muito da vida existente naquela época.
Os escribas desenhavam os hieróglifos (alfabeto egípcio), nos papiros e paredes.
Os hieróglifos foram usados durante um período de 3500 anos para escrever a antiga língua do povo egípcio.

Existem inscrições desde antes de 3000 a.C. até 394 d.C., data aparente da última inscrição hieroglífica, numa pedra descoberta na Ilha de Philae.

Constituíam uma escrita monumental e religiosa, pois era usada nas paredes dos templos, túmulos, etc. Existem poucas evidências de outras utilizações.

Quando e como desapareceram os hieróglifos

Durante os mais de 3 milênios em que foram usados, os egípcios inventaram cerca de 6900 sinais. Um texto escrito nas épocas dinásticas não continha mais do que 700 sinais, mas no final desta civilização já eram usados milhares de hieróglifos, o que complicava muito a leitura, sendo isso mais um dos fatores que tornavam impraticável o seu uso e levaram ao seu desaparecimento.

Com a invasão de vários povos estrangeiros ao longo da sua história, a língua e escrita locais foram se alterando, incorporando novos elementos.

Fatores decisivos foram a introdução das línguas grega e romana, com a conquista pelos respectivos impérios.

Também o cristianismo, ao negar a religião politeísta local, contribuiu bastante para que o conhecimento desta escrita se perdesse, no Século V depois de Cristo.

Tudo o que estava relacionado com os antigos deuses egípcios era considerado pagão, e portanto, proibido.




INCENSO

* O incenso era muito valioso no Egito Antigo. Muitas árvores foram importadas do Oriente para serem plantadas naquele país.
Seu uso para reverenciar divindades, meditar e limpar ambientes é bastante comum há milhares de anos. Por isso não admira que, segundo o relato bíblico, Jesus Cristo, ao nascer, tenha recebido incenso, mirra e ouro de presente dos Reis Magos. A forte ligação do incenso com o elemento Ar, simbolizada pela fumaça, assim como o marcante apelo olfativo (o olfato tem contato direto com o processamento de emoções e com a memória) talvez expliquem o fascínio que este ritual sempre exerceu sobre os seres humanos.

De acordo com antropólogos e historiadores, os primeiros povos a prepararem incensos foram os egípcios. Os incensos eram preparados com ervas e resina de árvores consideradas sagradas. Os egípcios eram bastante experientes na fabricação de incenso, e o faziam em templos, o que revela, desde aí, sua ligação com as cerimônias e as atividades relacionadas à vida espiritual. A própria manufatura dos bastões era um ritual complexo e bastante secreto.


MITOLOGIA EGÍPCIA

* Mitologia egípcia ou, em sentido lato, religião egípcia, refere-se às divindades, mitos e práticas cultuais dos habitantes do Antigo Egito.

Não existiu propriamente uma "religião" egípcia, pois as crenças - frequentemente diferentes de região para região - não eram a parte mais importante, mas sim o culto aos deuses, que eram considerados os donos legítimos do solo do Egito, terra que tinham governado no passado distante.

As fontes para o estudo da mitologia e religião egípcia são variadas, desde templos, pirâmides, estátuas, túmulos até textos.

Em relação às fontes escritas, os Egípcios não deixaram obras que sistematizassem de forma clara e organizada as suas crenças.

Em geral, os investigadores modernos centram seu estudo em três obras principais, o Livro das Pirâmides, o Livro dos Sarcófagos e o Livro dos Mortos.

O Livro das Pirâmides é uma compilação de fórmulas mágicas e hinos cujo objetivo é proteger o faraó e garantir a sua sobrevivência no Além. Os textos encontram-se escritos sobre os muros dos corredores das câmaras funerárias das pirâmides de Sakkara. Do ponto de vista cronológico, situam-se na época da V e VI dinastias.

O Livro dos Sarcófagos, uma recolha de textos escritos em caracteres hieroglíficos cursivos no interior de sarcófagos de madeira da época do Império Médio, tinha também como função, ajudar os mortos no outro mundo.

Por último, o Livro dos Mortos, que inclui os textos das obras anteriores para além de textos originais, data do Império Novo. Esta obra era escrita em rolos de papiro pelos escribas e vendida às pessoas para ser colocada nos túmulos.

Outras fontes escritas são os textos dos autores gregos e romanos, como os relatos de Heródoto(século V a.C.) e Plutarco(século I d.C.).



EGIPTOLOGIA

Egiptologia é o estudo da cultura egípcia. É uma área da arqueologia e da história antiga.

Ainda que comumente associada ao período faraônico, a Egiptologia também se estende desde as origens pré-dinásticas (anterior à unificação - 3150 a.C) até períodos mais recentes da história do Egito.

A disciplina surgiu, oficialmente, quando da criação da cadeira de Egiptologia no Collège de France para Jean-François Champollion (1790-1832), após sua decifração da escrita egípcia, os hieróglifos.

A partir daí, uma nova luz abriu-se para os documentos dessa terra lendária que poderia ser interpretada, finalmente, através do ponto de vista dos próprios egípcios (até então, vigoravam as interpretações bíblicas e de autores greco-romanos).

A egiptologia foi ganhando novas ramificações ao se tornar uma ciência mais madura. Técnicas arqueológicas mais acuradas foram aplicadas na descoberta e conservação dos monumentos, envolvendo um amplo leque de disciplinas em estudos arquitetônicos, biológicos e físicos, entre outros.

Hoje em dia, a exploração de um sítio arqueológico no Egito envolve um longo processo de estudo antes de se começar qualquer escavação.

Uma metodologia criteriosa é indispensável para a conservação das descobertas e este processo envolve igualmente sua análise e publicação para torná-las de acesso público.



KHAN EL KHALILI


É um imenso bazar no coração do Cairo !

Na verdade, Khan el Khalili é um dos mais interessantes bazares não só no Egito, mas em todo o Oriente Médio. Tem mais de 1000 anos.

Este mercado tradicional remete a uma atmosfera medieval devido a disposição do labirinto de suas ruas (são centenas), oferecendo aos visitantes o prazer e o vislumbre de como eram estes lugares na Idade Média.

Você vai se perder em meio à tantas lojas e tantas possibilidades de compra.

"KHAN"quer dizer "lugar" e "EL KHALILI" é o nome de quem dava
repouso às caravanas de comércio que ali chegavam. Do comércio entre o povo egípcio e as caravanas comerciais nasceu há mais de mil anos KHAN EL KHALILI, que hoje é um bairro comercial, um imenso bazar na cidade do Cairo.

Tem esse nome em homenagem ao príncipe Jaharkas Al Khalili (um dos mais poderosos mamelucos do Século XIV). Era um grande artesão e produzia lembranças orientais típicas de forma incomum.

Nas ruelas de Khan el Khalili pode-se encontrar artesanatos manuais dos mais simples aos mais elaborados. Sem dúvida, um lugar dos mais exóticos e que caracteriza de forma completa o Egito de ontem e de hoje. Nem tudo é de alta qualidade. Existe muita imitação de originais. Portanto, exercite a paciência de procurar e manter-se sem gastar momentaneamente.

Cafés, restaurantes, lojas e um grande número de compradores e vendedores, constituindo um panorama dinâmico.



Neste fabuloso mercado árabe, em meio à vozes, animais domésticos e barracas de alimentos de todo gênero, num ir e vir de pessoas de todas as partes do mundo, vêem-se artistas dos mais variados gêneros oferecendo os seus trabalhos manuais . Ao mesmo tempo pode-se acompanhar a elaboração de um objeto artesanal, passo a passo.

Homens vestidos com suas túnicas (galabias) e seus turbantes, discutem exaltados compras e vendas de mercadorias. Um lugar contrastante para todo ocidental.

É perfeitamente seguro para passear e fazer compras, apesar de você ter a sensação que a todo momento alguém lhe espreita. Existe uma quantidade incrível de pessoas circulando dia e noite.



É recomendado ao visitar que você não compre de imediato os produtos oferecidos. É tradicional barganhar com os vendedores até chegar ao preço que está disposto a pagar. Isso pode levar a alguns minutos ou horas. Em meio a isso, provavelmente em todos os lugares que você parar, vão lhe oferecer um tradicional chá de "karkadêh" (a base de flor de hibiscus - amargo no início e meio adocicado no final).

Lembre-se: os preços não são fixos... dependem do momento e da cara do freguês. Portanto, pechinche muito!





LUXOR (antiga Tebas)

* A Luxor moderna cresceu a partir das ruínas de Tebas, antiga capital do Império Novo (1550-1069 a.C.) e situa-se a 670 km ao sul do Cairo.

A sua riqueza, tanto arquitetônica como cultural, fazem dela a cidade mais monumental das que albergam vestígios da antiga civilização egípcia.

O Nilo separa Luxor em duas partes: a margem oriental, outrora consagrada aos vivos, onde encontramos os vestígios dos mais importantes templos dos deuses da mitologia egípcia, e a margem ocidental, consagrada aos mortos, onde se localizam algumas das mais importantes necrópoles do antigo Egito.

Foi em Luxor, no Vale dos Reis, que aconteceu a descoberta do túmulo de Tutankhamon, em 1922, pelo célebre arqueólogo e egiptólogo inglês Howard Carter.



Em Luxor concentram-se basicamente 6% de todos os monumentos existentes no mundo e sempre estão descobrindo novos sítios arqueológicos e tumbas.

Apenas para se ter uma idéia do que pode ser visto: 1) Templo de Karnak, 2) Templo de Luxor, 3) Museu de Luxor, 4) Vale das Rainhas, 5) Templo mortuário da Raínha Hatshepshut, 6) Vale dos Nobres, 7) Templo de Medinet Habu e o 8) Vale dos Reis (que possui 62 túmulos dos faraós e também os túmulos dos faraós Tutankhamon, Ramsés IX, Seti I, Ramsés VI e o de Horemheb).

Os túmulos aí existentes designam-se pelas siglas KV (significando Kings Valley, em português "Vale dos Reis") seguidas de um número, atribuído a ordem cronológica da descoberta de cada túmulo.

No total existem 62 túmulos, sendo o mais importante o número "62", do Faraó Tutankhamon, mais pelo espólio do achado do que, porventura, da importância do faraó.

Ramsés II presume-se, tinha mais de 150 filhos sepultados no Vale dos Reis.

Ainda hoje se continuam a retirar jóias dos túmulos dos filhos de Ramsés.

Em 1994 os arqueólogos começaram a escavar o túmulo KV5, considerado pouco importante até então. Encontrou-se o maior e mais complexo túmulo do Vale dos Reis. Julga-se ter encontrado o túmulo dos 52 filhos de Ramsés II. Até agora foram descobertos uma sala com 16 colunas, vários corredores e mais de 100 câmaras. Apesar de não terem sido encontrados tesouros, foram no entanto recuperados do entulho milhares de artefatos.

Os trabalhos arqueológicos, ainda longe do fim, prolongar-se-ão por vários anos antes de se abrir o túmulo ao público.



TUTANKHAMON

Tutankhamon foi um Faraó do Antigo Egito que faleceu ainda na adolescência.

Casou-se com Ankhsenpaaton que, mais tarde, trocaria o seu nome para Ankhsenamon.

Assumiu o trono quando tinha cerca de nove anos, restaurando os antigos cultos aos deuses e os privilégios do clero (principalmente o do deus Amon de Tebas) e morreu, aos dezenove anos, sem herdeiros.

Devido ao fato de ter falecido tão novo, o seu túmulo não foi tão suntuoso quanto o de outros faraós, mas mesmo assim é o que mais fascina a imaginação moderna pois foi uma das raras sepulturas reais encontradas quase intacta.

Ao ser aberta, em 1922, ainda continha peças de ouro, tecidos, mobília, armas e textos sagrados que revelam muito sobre o Egito de 3400 anos atrás.

Fonte:http://www.khanelkhalili.com.br/curiosidades.htm

terça-feira, 10 de agosto de 2010

Doenças Urbanas


Infarto

Infarto Agudo do miocárdio (IAM), conhecido popularmente como infarto do coração, enfarte ou ataque cardíaco, é uma doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.

Muitas delas morrem ou têm problemas cardiológicos permanentes por não buscarem socorro médico de forma rápida. Atualmente existem excelentes tratamentos para o infarto agudo do miocárdio, que podem salvar vidas e prevenir incapacidades físicas. No entanto, o tratamento é mais efetivo quando iniciado dentro da primeira hora de início dos sintomas. Por isto, é tão importante reconhecer um episódio de infarto.

O que é infarto agudo do miocárdio?
Conceito: infarto agudo do miocárdio se refere à morte de parte do músculo cardíaco (miocárdio), que ocorre de forma rápida (ou aguda) devido à obstrução do fluxo sanguíneo das artérias coronárias para o coração.

terça-feira, 3 de agosto de 2010


História

África: diversidade e grandes realizações

Sociedades


Introdução

Nas escolas e nos livros, costumamos estudar apenas a história de um povo africano: os egípcios. Porém, na mesma época em que o povo egípcio desenvolvia sua civilização, outros povos africanos faziam sua história. Conheceremos abaixo alguns destes povos e suas principais características culturais.

O povo Bérbere

Os bérberes eram povos nômades do deserto do Saara. Este povo enfrentava as tempestades de areia e a falta de água, para atravessar com suas caravanas este território, fazendo comércio. Costumavam comercializar diversos produtos, tais como : objetos de ouro e cobre, sal, artesanato, temperos, vidro, plumas, pedras preciosas etc.

Costumavam parar nos oásis para obter água, sombra e descansar. Utilizavam o camelo como principal meio de transporte, graças a resistência deste animal e de sua adaptação ao meio desértico.

Durante as viagens, os bérberes levavam e traziam informações e aspectos culturais. Logo, eles foram de extrema importância para a troca cultural que ocorreu no norte do continente.

Os bantos

Este povo habitava o noroeste do continente, onde atualmente são os países Nigéria, Mali, Mauritânia e Camarões. Ao contrário dos bérberes, os bantos eram agricultores. Viviam também da caça e da pesca.

Conheciam a metalurgia, fato que deu grande vantagem a este povo na conquista de povos vizinhos. Chegaram a formar um grande reino ( reino do Congo ) que dominava grande parte do noroeste do continente.

Viviam em aldeias que era comandada por um chefe. O rei banto, também conhecido como manicongo, cobrava impostos em forma de mercadorias e alimentos de todas as tribos que formavam seu reino.

O manicongo gastava parte do que arrecadava com os impostos para manter um exército particular, que garantia sua proteção, e funcionários reais. Os habitantes do reino acreditavam que o maniconco possuía poderes sagrados e que influenciava nas colheitas, guerras e saúde do povo.

Os soninkés e o Império de Gana

Os soninkés habitavam a região ao sul do deserto do Saara. Este povo estava organizado em tribos que constituíam um grande império. Este império era comandado por reis conhecidos como caia-maga.

Viviam da criação de animais, da agricultura e da pesca. Habitavam uma região com grandes reservas de ouro. Extraíam o ouro para trocar por outros produtos com os povos do deserto (bérberes). A região de Gana, tornou-se com o tempo, uma área de intenso comércio.

Os habitantes do império deviam pagar impostos para a nobreza, que era formada pelo caia-maga, seus parentes e amigos. Um exército poderoso fazia a proteção das terras e do comércio que era praticado na região. Além de pagar impostos, as aldeias deviam contribuir com soldados e lavradores, que trabalhavam nas terras da nobreza.

Fonte:http://www.suapesquisa.com/afric/

Paisagens da África


A África é considerado o terceiro maior continente em extensão, cerca de 75% de seu território está localizado na faixa intertropical do globo, ou seja, entre o trópico de Câncer, ao norte, e o trópico de Capricórnio, ao sul. Essa característica faz com que seja o continente mais tropical do mundo, apresentando temperaturas muito elevadas. O continente africano é cortado pela linha do equador em sua parte central, ficando com terras igualmente distribuídas pelos hemisférios norte e sul.O território africano é banhado ao norte pelo mar Mediterrâneo, ao sul pela junção dos oceanos Índico e Atlântico, a leste pelo mar Vermelho e o oceano Índico e a oeste pelo Atlântico.

Relevo

No continente africano as formas de relevo são relativamente homogêneas, podendo ser considerado como um grande planalto, formado em sua maior parte por rochas antigas. O continente pode ser dividido em duas porções: a norte-ocidental, de formas mais baixas, e a sul-oriental, de topografia mais elevada.Além dos planaltos, o relevo apresenta extensas áreas de depressões, onde se instalam os desertos continentais.Apesar de os grandes planaltos dominarem a África, há algumas cadeias de montanhas no continente. Entre elas duas merecem destaque: Cadeia do Atlas e Cadeia do Drakensberg.

Neve nos trópicos

Considerado a mais alta montanha isolada do planeta, o monte Quilimanjaro, localizado no norte da Tanzânia, atinge 6 000 metros de altitude. A imagem do Quilimanjaro constitui, ao lado das pirâmides e dos camelos do Egito, no nordeste do continente, um dos principais cartões-postais da África. Afinal até 1889, quando o explorador alemão Hans Meyer escalou a montanha e comprovou que havia realmente muito gelo na região, ninguém acreditava que num continente definido como mais tropical do mundo pudesse haver neve.A quantidade de gelo de altitude, porém tem diminuído progressivamente, e os estudiosos acreditam que isso se deve à influência do efeito estufa, essas alterações podem mudar radicalmente a paisagem africana.

Hidrografia

Levando em conta a grande extensão territorial da África, a hidrografia é formada por pouco rios e lagos. Entre os rios africanos, o mais importante é o rio Nilo, segundo maior do mundo em extensão. Ele nasce no lago Vitória e corre para o norte, desaguando no mar Mediterrâneo. Conhecido como o “pai de todos os rios”, o Nilo garante a sobrevivência de um décimo da população africana. O Egito e o Sudão, por exemplo, dependem quase inteiramente desse rio.Em volume de água, o rio Congo é o segundo maior do mundo, superado apenas pelo rio Amazonas, um outro rio de destaque é o Nínger.

A fertilidade do vale do Nilo

Durante milhares de anos, os egípcios utilizaram-se do fenômeno de cheias e vazamentos do rio Nilo para desenvolver uma intensa atividade agrícola nas áreas próximas às suas margens. Na época das cheias, uma grande quantidade de sedimentos e de matéria orgânica era depositada pelas águas desse rio sobre os solos das áreas inundáveis. Assim, na época das vazantes, realizava-se o plantio das culturas no solo fertilizado. Esse fenômeno cíclico da natureza foi responsável pelo sustento e pela riqueza que fizeram florescer a civilização egípcia.

Aprendendo um pouco mais...

O regime das cheias e vazantes do rio Nilo está ligado ao derretimento da neve nas altas montanhas do interior africano, bem como às chuvas que abundam nas cabeceiras do rio. O volume de água aumenta consideravelmente por volta do mês de julho e as águas barrentas arrastam sedimentos, que são depositados nas margens alagadas: o húmus. Com isso, o solo torna-se fértil ao ponto de permitir uma ótima colheita. Com os canais de irrigação, construídos desde o período Neolítico, ampliaram a área de aproveitamento agrícola. Dotado de uma abundante flora (papiros, palmeiras e trigo selvagem) e fauna (íbis, crocodilos e hipopótamos), o Nilo sustentou uma das mais antigas civilizações do mundo: o Egito.

Clima e Vegetação

No continente africano há grande diversidade de tipos climáticos, que condicionam formações vegetais também variadas, como as florestas tropicais, as savanas e as xerófitas, próprias das regiões mais áridas. A África também abriga o maior deserto do mundo, o Saara, no norte do continente, além do deserto de Kalahari, no sudoeste, e o da Namíbia, mais a oeste, junto à costa. Os contrastes nas paisagens desérticas são dados pela presença dos oásis, junto aos quais podem ser cultivados numerosos produtos.No continente africano, cujo território é cortado pela linha do equador e pelos trópicos, predominam os climas: Equatorial, Tropical, com variações tropical úmido, semi-úmido e tropical de altitude, Mediterrâneo e Árido.

Clima equatorial

Esse tipo de clima ocorre na parte central e oeste da faixa equatorial. A temperatura média anual ultrapassa 25ºC, com uma variação bem pequena entre o mês mais quente e o mês mais frio. As chuvas são abundantes e geralmente bem distribuídas durante o ano. A vegetação característica das regiões de clima quente e úmido são as florestas pluvionais.Em plena África central, a floresta do Congo é um exemplo de floresta equatorial, com sua extraordinária riqueza florística.

Clima tropical

Temperaturas médias mensais entre 18ºC e 25ºC e maior amplitude térmica anual em relação ao clima equatorial são as características do clima tropical. No interior do continente africano, o clima é tropical semi-úmido, pois apresenta duas estações bem definidas: verão acentuado e chuvoso, e inverno moderado e relativamente seco. Já nos litorais, penínsulas, ilhas e em latitudes próximas aos trópicos, o clima é tropical úmido, menos quente que o clima equatorial, mas também com chuvas bem distribuídas ao longo do ano. Nos planaltos, o clima é tropical de altitude é menos quente, pois a temperatura diminui em media 1ºC a cada 180 metros de altitude. No clima tropical de altitude, as savanas cobrem grandes extensões africanas, servindo de hábitat a animais de grande porte, como elefantes, gnus, girafas e leões.

Savanas

Semelhantes ao cerrado, do Brasil central, as savanas são uma vegetação de clima tropical. Elas se caracterizam po apresentar uma mistura de plantas herbáceas com arbóreas e ocupam cerca da metade do continente, desenvolvendo-se principalmente no sul do deserto do Saara. Uma rica fauna composta de leões, elefantes, girafas, zebras, rinocerontes, etc., vive nas savanas embora tenha sido dizimada nos últimos cem anos. Hoje o que sobreviveu dessa fauna está restrito às poucas reservas que foram ou estão sendo criadas em alguns países africanos.

Clima mediterrâneo

No extremo norte da África, o clima é subtropical do tipo mediterrâneo, com duas estações bem definidas: seca no verão e chuvosa no inverno. Além disso, a cadeia do Atlas provoca maior incidência de chuvas, as chamadas chuvas de montanha, que tornam as terras dessa área úmidas e férteis.

Climas áridos

Os climas áridos ou desérticos apresentam duas características essenciais: escassez e irregularidade de chuvas e grande variação diária de temperatura. E, devido há falta de umidade do ar, os dias são muito quentes e as noites, frias. Isso ocorre porque, durante o dia, a radiação solar chega mais intensa a superfície terrestre, à noite, no entanto, o calor recebido ao longo do dia é facilmente irradiado. No Saara, por exemplo, é comum a temperatura ultrapassar os 40ºC durante o dia e cair a 0ºC durante a madrugada.A formação vegetais das regiões áridas acabaram se adaptando à escassez de água. Nos desertos, as plantas apresentam espinhos em lugar de folhas para diminuir a transpiração. Os caules são cobertos por uma camada de cera, que impede a evaporação, e as raízes são longas, facilitando a busca de água subterrânea. Por essa razão as plantas do deserto são chamadas de xeromorfas – possuem formas adaptadas a falta de água.

Deserto do Saara

É o segundo maior deserto do mundo (perdendo apenas para a Antártica), localizado no Norte da África, é considerado apenas um pouco menor que a Europa. As temperaturas diurnas do Saara chegam a atingir 80ºC na cobertura de areia exposta ao sol. Em compensação, no inverno ocorrem geadas durante a madrugada, e a água acumulada chega a congelar as áreas montanhosas. As fronteiras do Saara são: o Oceano Atlântico a oeste, a cordilheira do Atlas e o Mar Mediterrâneo a norte, o Mar Vermelho a leste e o vale do Rio Niger a sul. O Saara divide o continente africano em duas partes, a África do Norte e Sub-Saariana . Em grande parte, o Saara é um enorme depósito de areia e pedras, cujo o subsolo é rico em ferro, petróleo, gás natural e fosfato, fósseis de dinossauros foram também encontrados. A origem desse deserto é explicada pelo fato de que ao longo do trópico de Câncer, que corta o Saara, existe uma zona de permanente alta pressão atmosférica. Esse fato da origem à dispersão de ventos, em vez de atraí-los.

Os oásis

Os oásis sao ilhas de povoamento que se formam junto a uma fonte natural de água em pleno deserto. O liquido mais preciso das regiões áridas aflui à superficie a partir dos lençóis freáticos originados da água das chuvas que penetrou nas camadas rochosas permeáveis, acumulando-se ao encontrar uma camada impermeável. Como nos oásis é possível desenvolver agricultura, a sedentarização das pessoas acabou ocorrendo espontaneamente. A terra, irrigada pelas foggaras, possibilita o cultivo dde tamareiras, oliveiras, diferentes tipos de frutas, hortaliças e cereais.

Fonte:http://deolhonageografia.blogspot.com/2006/08/paisagens-naturais.html


Mitos Africanos

LENDAS DOS ORIXÁS


As lendas são fatos míticos contados sobre homens ou deuses. Todos os povos, em todas as épocas do mundo sentiram a necessidade de que seus deuses ou heróis fossem mais fortes, mais poderosos, mais felizes e mais próximos do povo, do que os dos povos vizinhos ou mesmo dos inimigos. Com os Orixás não foi diferente. Histórias lindas e maravilhosas definem os fundamentos e a vida humanizada dos Orixás. O Orixá é considerado um antepassado espiritual. Cada um de nós tem um Orixá, um pai que rege nossa cabeça e nossa vida e alcançaram a divindade através de atos extraordinários que praticaram, passando a manifestarem-se como forças da natureza.






IEMANJÁ


É considerada a mãe dos orixás, é um dos orixás mais festejados no Brasil. Yemanjá veste branco e azul ou verde claro e as contas de seus filhos são de vidro verde claro transparente, ou azul claro. Seu dia é sábado. Sua saudação é Odô Iá!
Yemanjá estava perdida em seus pensamentos quando dela se aproxima seu filho Exu que lhe diz.
- Mãe por todos os caminhos que percorri pelo mundo tive todas as belezas que quis, mas nenhuma delas era tão bela como você!
- O que diz meu filho, não estou compreendendo!
- Estou lhe dizendo que és a mulher mais linda que já vi e voltei para possuí-la.
E dizendo isso atirou-se sobre Yemanjá, tentando violentá-la. Yemanjá não podia permitir que aquilo acontecesse e resistiu bravamente, lutou tanto que pela violência da luta, seus seios foram dilacerados. Enlouquecido e arrependido Exu, "caiu no mundo", sumindo na linha do horizonte.
Diz-se que dos seios dilareçados de Yemanjá, saiam lágrimas profundamente tristes e tantas que se tornaram toda a água salgada do mundo, de onde se originaram todos os mares e oceanos.




NANÃ


Dona da lama do fundo dos rios, a lama que moldou todos os homens. Mãe de Oxumarê e Omulu É o Orixá feminino mais velho do panteão, pelo que é altamente respeitada. Veste-se de branco e azul. Suas contas são de louça branca com riscos azuis. Traz na mão o Ibiri, seu cetro. Protege os enfermos desenganados e é patrona dos professores. Seu dia é a segunda-feira, e sua saudação é Saluba! Nanã proprietária de um cajado. A avó dos ORIXÁS também chamada de Nanã Buruku. É um VODUM da lama, dos pântanos. Tem também relações com a morte. Em certos mitos é considerada a esposa de OXALÁ e ainda mãe de OMULÚ e OXUMARÉ, orixás procedentes da mesma região que ela (DAOMÉ). Dizem os mitos que antes de criar o homem do barro, Oxalá tentou criá-lo de ar, de fogo, de água, pedra e madeira, mas em todos os casos havia dificuldades. O homem de ar esvanecia; não adquiria forma. O de fogo, consumia-se, o de pedra era inflexível e assim por diante. Foi então que Nanã se ofereceu a Oxalá, para que com ela criasse os homens, impondo, contudo, a condição de que quando estes morressem fossem devolvidos a ela. Sendo o barro, Nana está sempre no principio de tudo, relacionada ao aspecto da formação das questões humanas , de um indivíduo e sua essência. Ela é relacionada também , freqüentemente, aos abismos, tomando então o caráter do inconsciente, dos atavismos humanos. Nanã tanto pode trazer riquezas como miséria. Está relacionada, ainda, ao uso das cerâmicas, momento em que o homem começa a desenvolver cultura. Seja como for, Nanã é o princípio do ser humano físico. E assim é considerada a mais velha das iabás (orixás femininos).


Dizem os mitos que nunca foi bonita. Sempre ranzinza, instável, sua aparência afastava os homens, que dela tinham medo. Nanã, teve dois filhos com Oxalá: Obaluaiê e Oxumarê (a terra e o arco-íris) e uma filha, Ewá, que teria nascido de uma relação entre Nanã e Oxóssi, ou ainda, entre Nanã e Orunmilá, conforme o mito. Conforme os mitos de Obaluaiê e Oxumarê, ela os gerou defeituosos, por ter quebrado uma interdição e mantido relações sexuais com Oxalá, marido de Iemanjá. Abandonou a ambos, que foram criados por outros orixás, e acabou sozinha quando Ewá, para fugir de um casamento que sua mãe lhe impingia, fugiu de casa para morar no horizonte entre o céu e o mar. Alguns mitos dizem que ela é também a mãe de Iansã, os ventos, e que foi expulsa de casa para não matar sua mãe, a lama, ressecando-a. Nanã sempre esteve em demanda com Ogum, que amava muito sua mãe Iemanjá, tomando partido desta na disputa que se estabeleceu entre elas pelo amor de Oxalá. Ogum muitas vezes tentou se apoderar dos territórios lamacentos de Nanã sem, no entanto, conseguir. Como diversão, Ogum gostava de provocar a orixá, que exigia de Oxalá que este fosse castigado, sem nunca ter conseguido, pois Ogum tinha fama de justo. Tantas vezes Ogum irritou Nanã que ela não recebe nenhuma oferenda feita ou cortada com objetos de metal e mesmo o sacrifício de animais feito em sua homenagem deve ser feito com faca de madeira ou coberta por um pano.


Lenda: Nanã era rainha de um povo e tinha poder sobre os mortos. Para roubar esse poder, Oxalá casou com ela, mas não ligava para a mulher. Então, Nanã fez um feitiço para ter um filho. Tudo aconteceu como ela queria mas, por causa do feitiço, o filho (Omulu ) nasceu todo deformado; horrorizada, Nanã jogou-o no mar para que morresse. Como castigo pela crueldade, quando Nanã engravidou de novo, Orunmilá disse que o filho seria lindo mas se afastaria dela para correr mundo. E nasceu Oxumaré, que durante 6 meses vive no céu como o arco-íris, e nos outros 6 é uma cobra que se arrasta no chão.


Na aldeia chefiada por Nanã, quando alguém cometia um crime, era amarrado a uma árvore e então Nanã chamava os Éguns para assustá-lo. Ambicionando esse poder, Oxalá foi visitar Nanã e deu-lhe uma poção que fez com que ela se apaixonasse por ele. Nanã dividiu o reino com ele, mas proibiu sua entrada no Jardim dos Éguns. Mas Oxalá espionou-a e aprendeu o ritual de invocação dos mortos. Depois, disfarçando-se de mulher com as roupas de Nanã, foi ao jardim e ordenou aos Éguns que obedecessem "ao homem que vivia com ela "( ele mesmo). Quando Nanã descobriu o golpe, quis reagir mas, como estava apaixonada, acabou aceitando deixar o poder com o marido.


Certa vez, os Orixás se reuniram e começaram a discutir qual deles seria o mais importante. A maioria apontava Ogum, considerando que ele é o Orixá do ferro, que deu à humanidade o conhecimento sobre o preparo e uso das armas de guerra, dos instrumentos para agricultura, caça e pesca, e das facas para uso doméstico e ritual. Somente Nanã discordou e, para provar que Ogum não é tão importante assim, torceu com as próprias mãos os animais destinados ao sacrifício em seu ritual. É por isso que os sacrifícios para Nanã não podem ser feitos com instrumentos de metal.






OMOLU/OBALUAÊ


De origem Jeje, é o deus da varíola, da peste, das doenças da pele e hoje em dia da Aids. Omolu e Obaluaê, são as manifestações velho e jovem de um mesmo Orixá, chamado Xapanã. Suas cores são o vermelho, o amarelo e o preto, que veste sob capuz de palha-da-costa enfeitado com búzios. Seus colares são também de búzios e contas de louça branca intercaladas com pretas ou, então, brancas intercaladas com pretas e vermelhas. Dança portando um instrumento denominado Xaxará, espécie de cetro. Homenageado às segundas feiras. Sua saudação é Atotô!


Lenda: Houve uma festa e todos os Orixás estavam presentes. Menos Omolu que ficara do lado de fora. Ogum pergunta por que o irmão não vem e Nanã responde que é por vergonha de suas feridas causadas pelas doenças. Ogum resolve ajudá-lo e o leva até a floresta onde tece para ele uma roupa de palha que lhe cobre o corpo todo. O filá! Mas a ajuda não dá muito certo, pois muitos viram o que Ogum fizera e continuavam a ter nojo de dançar com o jovem Orixá, menos Iansã, altiva e corajosa, dança com ele e com eles o vento de Iansã que levanta a palha e para espanto de todos, revela um homem lindo, sem defeito algum.
Todos os Orixás presentes, ficam estupefatos com aquela beleza, principalmente Oxum,que se enche de inveja, mas agora é tarde, Omolu, não quer mais dançar com ninguém.


Em recompensa pelo gesto de Iansã, Omolu dá a ela o poder de também reinar sobre os mortos. Mas daquele dia em diante, Omolu declarou que somente dançaria sozinho!







OGUM


É o deus do ferro, da guerra e da tecnologia. Patrono dos ferreiros, engenheiros e militares. Seu dia é terça feira, veste azul escuro ou verde e vermelho. Seus filhos usam contas de louça azul escuro ou verde com riscos azuis. Dança com espada e enrola-se em mariô (folha nova do dendezeiro desfiada), é saudado com o grito Ogunhê!


Lenda: Ogum, Oxossi e Exu eram irmãos e filhos de Yemanjá. Ogum era calmo, tranqüilo, pacato e caçador, ele é que provia a casa de alimentos, pois Exu gostava de sair no mundo e Oxóssi era contemplativo e descansado. Num belo dia, Ogum voltando de uma caçada, vê sua casa cercada por guerreiros de outras terras. Vendo sua casa em chamas e seus parentes gritando por socorro, tomou-se de uma ira incontrolável e sozinho derrotou todos os agressores, não deixando um só vivo. Dai em diante, Ogum iniciou seu irmão Oxóssi na caça e disse a sua mãe.
- Mãe, preciso ir, tenho de lutar, tenho de vencer, tenho de conquistar. Mas se em qualquer momento, qualquer um de vocês, estiver em perigo, pense em mim, que voltarei de qualquer lugar para defendê-los.


Assim partiu e tornou-se o maior guerreiro do mundo, vencia a todos os exércitos sem mesmo ter um exército, tornou-se assim a verdadeira força da vitória.




OXALÁ


É o orixá da criação e faz parte dos orixás denominados funfun, isto é, brancos, ou que se vestem de branco. Oxalá é o deus criador do homem e da cultura material. No Brasil tem o status de pai dos orixás e senhor supremo. Seu dia é sexta-feira, quando se costuma usar roupa branca para homenageá-lo. Suas contas são igualmente brancas, de louça, mas os filhos da qualidade Oxaguiã usam umas poucas contas azuis a cada seqüência de contas brancas. É saudado com o brado: Êpa Babá!


Lenda: Oxalá, estava morrendo de saudades de um de seus filhos, Xangô, que morava em terras longínquas. Antes porém de viajar, consultou Ifá, o Deus da Adivinhação, que desaconselhou a viagem. Mas ante a teimosia de Oxalá, determinou-lhe que durante a viagem, além de levar três mudas de roupas brancas, sabão e Ori, concordasse com tudo que as pessoas lhe pedissem sem jamais irritar-se.


Durante o caminho Oxalá encontrou com um Exu, o senhor do Azeite-de-dendê, que o saudou efusivamente e pediu um abraço. Oxalá cumprindo as determinações de Ifá, abraçou-o, e Exu que carregava um barril do azeite sobre as costas, ao abraçá-lo derramou todo o azeite por cima dele e foi-se rindo, satisfeito de sua brincadeira. Oxalá lembrando-se das determinações de Ifá, resignadamente, lavou-se com o sabão, passou Ori no corpo despachou a roupa suja e seguiu viajem. Mais adiante encontrou outro Exu, agora o dono do carvão, que também o saudou como o anterior e fez exatamente a mesma brincadeira, sujando-o de pó carvão retirando-se rindo também. Mas uma vez, Oxalá, se limpa, despacha a roupa suja, troca de roupa e segue a viagem, sem se aborrecer como Ifá determinara. Ao chegar ao reino de Xangô, viu um lindo cavalo branco, reconhecendo-o como um que em outras épocas havia dado de presente ao seu filho.

O cavalo também reconhecendo-o seguiu mansamente com ele. Nisso chegam os criados de Xangô, e ao verem Oxalá, sem o reconhecerem, e vendo-o levando o cavalo, toma-no por um ladrão, agridem-no e jogam-no numa masmorra. Lá ficou durante sete anos. Durante esse tempo, o reino de Xangô sofreu muitas desgraças, a colheita era ruim, o gado foi dizimado pela seca, as mulheres ficaram estéreis e as pessoas morriam de fome. Xangô, sem saber o que estava acontecendo, mandou chamar os mais afamados adivinhos, chegando a consultar o maior de todos os oráculos, Ifá! Este revelou-lhe que o acontecido era em virtude de ter em suas masmorras um inocente. Xangô manda vasculhar todas suas prisões, até chegar a Oxalá.

Levado o prisioneiro a frente do grande rei, este reconhece seu pai e imediatamente manda buscar água para lavá-lo. Todos se purificaram e vestiram-se de branco em seu respeito. Como Oxalá, mal podia andar, alquebrado pelos maus tratos e tempo em que ficou preso, Xangô deu-lhe Ayrá, que o carregou nas próprias costas, até o palácio de Oxaguian, seu outro filho, onde morava anteriormente.




OXOSSI


É um dos muitos deuses caçadores (Odés) na África. Rei da cidade de Keto. É protetor dos caçadores, dos chefes de família, e dos animais que vivem nas florestas. Seus filhos usam contas de louça azul turquesa, ou verde leitoso. Veste-se com estas cores e o vermelho. Dança segurando o Ofá, um adereço em forma de arco e flecha. É louvado às quintas-feiras. Okê Arô Oxóssi!


Lenda: Oxóssi, em uma de suas caçadas, teria sido enfeitiçado pelo seu irmão Ossãe, apesar dos avisos de sua mãe Yemanjá, para que tivesse cuidado. Oxóssi então afasta-se da família até que o encanto seja quebrado, quando volta, encontra Yemanjá ainda irritada pela atitude do filho em não tê-la ouvido. Oxóssi volta a floresta sob a influência de Ossãe o que faz com que Ogum se rebele contra a própria mãe. Oxóssi, aprendeu todos os segredos da mata com seu irmão Ossãe e é ele quem defende o acesso às plantas, dificultando a penetração no mato daqueles que não tem o preparo devido.


Outra lenda de Oxóssi, conta que numa de suas inúmeras caçadas, sem que tivesse consultado antes Ifá, encontrou uma cobra no mato - Oxumarê. Ela lhe diz que não pode ser morta por ele, pois não é um bicho de penas, ele pouco se importou com o aviso, e matou-a com a lança, cortando-a em diversos pedaços e levando para casa para ele mesmo preparar um guisado, com o qual se refastelou. No dia seguinte, Oxum, sua esposa, prevendo muitas catástrofes, por causa da quebra de tantos tabus, encontra Oxóssi, deitado no chão morto e rastros de cobra que iam em direção a floresta. Oxum chorou tanto e tão alto que Ifá, condoído pela sua dor, fez Odé, o caçador, renascer sob a forma divina de Oxóssi.




OXUM


É deusa das águas doces. É também a deusa do ouro, da fecundidade, do jogo de búzios e do amor. Veste amarelo, dourado, rosa e azul claro. Seu fio de contas é feito de contas de vidro amarelo claro ou escuro ou de louça amarelo claro, dependendo da qualidade. Dança com um espelho-leque na mão, o Abebê, e pode usar espada, quando é de qualidade guerreira. É a segunda (e a mais amada) esposa de Xangô. Seu dia é sábado. Saudamo-la assim: Ora Ieiê Ô!


Lenda: Oxum queria saber o segredo do jogo de búzios que pertencia a Exu e este não queria lhe revelar. Ela então procura na floresta as feiticeiras, chamadas YAMI OXORONGÁ. As feiticeiras perguntam a Oxum o que faz ali e ela lhes pede como enganar a Exu e conseguir o segredo do jogo de búzios. As feiticeiras a muito querendo pregar uma peça a Exu, ensinaram toda a sorte de magias a Oxum, mas exigiram que ela lhes fizesse uma oferenda a cada feitiço realizado. Oxum concordou e foi procurar Exu.


Ao chegar perto do reino de Exu, este desconfiado perguntou-lhe o que queria por ali, que ela deveria embora e que ele não a ensinaria nada. Ela então o desafia a descobrir o que tem entre os dedos. Exu se abaixa para ver melhor e ela sopra sobre seus olhos um pó mágico que ao cair nos olhos de Exu o cega e arde muito. Exu gritava de dor e dizia;


- Eu não enxergo nada, cadê meus búzios?
Oxum fingindo preocupação, respondia:
- Búzios? Quantos são eles?
- Dezesseis, respondeu Exu, esfregando os olhos.
- Ah! Achei um, é grande!
- É Okanran, me dê ele.
- Achei outro, é menorzinho!
- É Eta-Ogundá, passa pra cá...
E assim foi até que ela soube todos os segredos do jogo de búzios, Ifá o Orixá da adivinhação, pela coragem e inteligência da Oxum, resolveu-lhe dar também o poder do jogo e dividí-lo com Exu.




OIA/IANSÃ


Senhora dos ventos e das tempestades, dona do raio, esposa principal de Xangô, dona das almas dos mortos (eguns). Seu dia é quarta-feira, usa roupa marrom escuro e vermelha e às vezes branca. O colar de seus filhos é de contas marrom escuro. Seu brado: Eparrei!


Lenda: Ogum pronto, numa caçada, para abater um imponente búfalo, percebe que de repente a pele do animal se abre de dentro sai a bela Oyá! Linda, ricamente vestida e cheia de ornamentos que valorizavam sua beleza e sensualidade. Ela dobrou a pele do búfalo e o escondeu num formigueiro, dirigindo-se para a cidade. Ogum a seguiu e completamente dominado pela sua beleza, propôs-lhe casamento, o que não foi aceito. Ogum, então voltou, pegou a pele no esconderijo e a guardou para si, voltando para a cidade. Quando Oyá, descobriu o roubo da pele, voltou a cidade e encontrando Ogum a sua espera, acusou-o, exigiu o que era seu e Ogum nada, fingia-se de tonto, não admitindo nada. Oyá percebeu que teria de render-se e aceitar as propostas de Ogum, se quisesse seus pertences de volta. Mas impôs-lhe três condições:
- Ninguém nunca poderia dizer-lhe diretamente que era um animal;
- Ninguém nunca poderia usar cascas de dendê para fazer fogo; e
- Ninguém nunca poderia rodar um pilão pelo chão da casa.
Ogum aceitou as condições e se casaram.
Isso porém desagradou as demais mulheres de Ogum que passaram a sentir ciúmes da bela Oyá. Ousadamente, após o nono filho de Oyá, e ainda sendo a preferida de Ogum, as demais mulheres resolveram tomar uma atitude.
Embriagaram Ogum com vinho de palma, e conseguiram que ele lhes contasse o segredo de Iansã.


Elas então acusaram-na de ser um animal e até lhes disseram onde estavam suas pele, chifres e cascos. Oyá fingiu que não era com ela, mas quando sozinha, correu até o lugar indicado e achou seus pertences. Vestiu-os e eles se ajustaram perfeitamente, retomou a força do animal e com raiva atacou as outras mulheres e as matou. Ela pretendia voltar para a floresta, mas seus filhos a chamavam de volta. Ela então pegou seus chifres e os deu a eles, dizendo-lhes que se algum dia dela precisassem, que os tocasse e ela surgiria para defendê-los.




XANGÔ


Orixá do trovão e da justiça, protetor dos juízes, advogados, burocratas. Usa roupa branca e vermelha, e coroa na cabeça, pois é rei. Seu fio de contas se faz com essas cores. Dança com um machado duplo na mão (Oxé) e é dono de um instrumento musical usado só para ele: o Xerê, chocalho de latão. A Quarta-feira é seu dia e sua saudação é Kawó-Kabyesilé!


Lenda: certa vez, viu-se Xangô acompanhado de seus exércitos frente a frente com um inimigo que tinha ordens de seus superiores de não fazer prisioneiros, as ordens era aniquilar o exército de Xangô, e assim foi feito, aqueles que caiam prisioneiros eram barbaramente aniquilados, destroçados, mutilados e seus pedaços jogados ao pé da montanha onde Xangô estava. Isso provocou a ira de Xangô que num movimento rápido, bate com o seu machado na pedra provocando faíscas que mais pareciam raios. E quanto mais batia mais os raios ganhavam forças e mais inimigos com eles abatia. Tantos foram os raios que todos os inimigos foram vencidos. Pela força do seu machado, mais uma vez Xangô saíra vencedor. Aos prisioneiros, os ministros de Xangô pediam os mesmo tratamento dado aos seus guerreiros, mutilação, atrocidades, destruição total. Com isso não concordou com Xangô.
- Não! O meu ódio não pode ultrapassar os limites da justiça, eram guerreiros cumprindo ordens, seus líderes é quem devem pagar!
E levantando novamente seu machado em direção ao céu, gerou uma série de raios, dirigindo-os todos, contra os líderes, destruindo-os completamente e em seguida libertou a todos os prisioneiros que fascinados pela maneira de agir de Xangô, passaram a segui-lo e fazer parte de seus exércitos.