terça-feira, 29 de junho de 2010

Para onde vai todo o lixo?



O que é um "lixão"

Lixão é a disposição final de lixo sem qualquer tratamento. É o meio que mais causa danos ao homem e ao meio ambiente e - pasmem! - é o mais usado no Brasil!

Mais de 90% do lixo em todo o país é jogado ao ar livre. Essa lixarada toda traz vários problemas. Primeiro, junta bichos que podem causar doenças e até epidemias, como ratos, baratas, moscas e mosquitos. Depois, causa um cheiro absolutamente nojento, que maltrata tanto a população quanto o turismo, se for uma cidade que vive disso.

Muito grave também é o fato de que a decomposição do lixo gera o chorume, um líquido que contamina o solo, o ar e os recursos naturais de água. Ou seja, as populações mais ou menos perto dos lixões podem estar bebendo e usando água contaminada, sem saber!

Como os lixões não são controlados nem medidos por ninguém, qualquer pessoa ou empresa que não raciocina muito bem pode jogar ali resíduos perigosos, como lixo hospitalar, produtos radioativos ou muito tóxicos, que deveriam ter um tratamento especial.

O lixão a céu aberto também atrai catadores de lixo (adultos e crianças que se contaminam com doenças variadas!) e animais domésticos, que comem aqueles restos.

Algumas soluções

Há algumas opções, melhores que o lixão: bons projetos de reciclagem diminuem a quantidade de lixo, porque garrafas PET, vidros etc. passam a ser reutilizados, criando-se com eles novas garrafas, móveis e até casas de verdade!

O aterro controlado é uma opção ruim (nesse caso, o lixo recebe uma camada de terra por cima), porque continua a haver contaminação do ambiente através do chorume e dos gases (irc!). O aterro sanitário é uma solução melhor: é um processo mais complicado, onde os resíduos sólidos (ou seja, o lixo!) são "arrumados" no solo de acordo com um projeto de engenharia que envolve a drenagem dos líquidos e dos gases. E é possível também incinerar, ou seja, queimar o lixo, para diminuir seu volume. Essa incineração tem que ser feita de modo muito controlado, para não provocar poluição do ar nem um incêndio na região!

Fonte:http://www.mingaudigital.com.br/article.php3?id_article=685


Aterro Sanitário

Um aterro sanitário é uma área designada ao acomodamento de lixo, tal como lixo residencial, comercial,de serviço de saúde, da indústria de construção, ou dejetos sólidos retirados do esgoto.

A base do aterro sanitário deve ser constituída por um sistema de drenagem de efluentes líquidos percolados (chorume) acima de uma camada impermeável de polietileno de alta densidade - PEAD, sobre uma camada de solo compactado para evitar o vazamento de material líquido para o solo, evitando assim a contaminação de lençóis freáticos. O chorume deve ser tratado e/ou recirculado (reinserido ao aterro).

Seu interior deve possuir um sistema de drenagem de gases que possibilite a coleta do metano, gás carbônico e água (vapor), entre outros, formado pela decomposição dos resíduos. Este efluente deve ser queimado ou beneficiado. Estes gases podem ser queimados na atmosfera ou aproveitados para geração de energia. No caso de alguns países, como o Brasil, a utilização dos gases pode ter como recompensa financeira a compensação por créditos de carbono, conforme previsto no Protocolo de Kyoto como já é efetuado pelo aterro sanitário da Prefeitura de Nova Iguaçu.

Sua cobertura é constituída por um sistema de drenagem de águas pluviais, que não permita a infiltração de águas de chuva para o interior do aterro.

Um aterro sanitário deve também possuir um sistema de monitoramento ambiental(topográfico e hidrogeológico) e pátio de estocagem de materiais. Para aterros que recebem resíduos de populações acima de 30 mil habitantes é desejável também muro ou cerca limítrofe, sistema de controle de entrada de resíduos (ex. balança rodoviária), guarita de entrada, prédio administrativo, oficina e borracharia.

No Brasil

A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) define da seguinte forma os aterros sanitários: "aterros sanitários de resíduos sólidos urbanos, consiste na técnica de disposição de resíduos sólidos urbanos no solo, sem causar danos ou riscos à saúde pública e à segurança, minimizando os impactos ambientais, método este que utiliza os princípios de engenharia para confinar os resíduos sólidos ao menor volume permissível, cobrindo-os com uma camada de terra na conclusão de cada jornada de trabalho ou à intervalos menores se for necessário."
No Brasil, um aterro sanitário é definido como um aterro de resíduos sólidos urbanos, ou seja, adequado para a recepção de resíduos de origem doméstica, varrição de vias públicas e comércios. Os resíduos industriais devem ser destinados a aterro de resíduos sólidos industriais (enquadrado como classe II quando não perigoso e não inerte e classe I quando tratar-se de resíduo perigoso, de acordo com a norma técnica da ABNT 10.004/04 - "Resíduos Sólidos - Classificação"). A operação segura de um aterro sanitário envolve empilhar e compactar o lixo, para que ocupe o mínimo espaço possível, e cobrir o lixo diariamente com uma camada de material impermeável, para diminuir a liberação de gases mal cheirosos, bem como a disseminação de doenças.
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/aterro-sanitario-2.php


Aterro Controlado

Existem 3 possíveis formas de disposição de resíduos em aterros: os aterros sanitários, para onde são destinados os resíduos de origem urbana (domésticos, comerciais, públicos, etc.), industriais (somente resíduos de origem industrial considerados perigosos Classe I - NBR 10004) e os aterros controlados.
(Obs.:os lixões não podem ser considerados formas adequadas de disposição de resíduos, apesar de sua disseminação!) Os aterros chamados de controlados, geralmente são antigos lixões que passaram por um processo de remediação da área do aterro, ou seja, isolamento do entorno para minimizar os efeitos do chorume gerado, canalização deste chorume para tratamento adequado, remoção dos gases produzidos em diferentes profundidades do aterro, recobrimento das células expostas na superfície, compactação adequada, e gerenciamento do recebimento de novos resíduos.
O gerenciamento de todas essas caracterísitcas permitem que o aterro passe a ser controlado!
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/aterro-controlado.php

Incineração

Consiste na queima do lixo a altas temperaturas em instalações chamadas "incineradores".

É um método de alto custo devido a utilização de equipamentos especiais. Neste método existe uma grande redução do volume do lixo, cerca de 3% do volume original.

No mundo o primeiro incinerador foi instalado na cidade de Nohinglam, Inglaterra, projetado e construído pôr Alfred Figer, em 1874.

No Brasil foi instalado em Manaus, em 1896 pelos ingleses. Em 1958 foi desativado pôr não mais atender as necessidades locais e pôr problemas de manutenção.

Atualmente existem modernos incineradores, inclusive no Brasil, entretanto, ainda existem muitos inconvenientes envolvendo seu uso. O problema mais grave deste método é o da poluição do ar pelos gases da combustão e pôr partículas não retidas nos filtros e precipitadores.

Problemas estes muitas vezes ocasionados pela deficiência de mão-de-obra especializada.
Os gases remanescentes da incineração do lixo são: anidrido carbônico (CO2); anidrido sulfuroso (SO2); nitrogênio (N2); oxigênio (O2); água (H2O) e cinzas.
Fonte:http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/meio-ambiente-reciclagem/incineracao-do-lixo.php

terça-feira, 15 de junho de 2010

Copa do mundo na África


Votação para a primeira Copa do Mundo na África foi o resultado natural da perda da África do Sul da sede da Copa anterior, para a Alemanha. A Copa do Mundo de 2010, a primeira na África, será o maior evento esportivo em um continente que nunca sediou as Olimpíadas. A decisão tomada pela FIFA em maio de 2004 estabeleceu na Suíça que a África do Sul será a sede da Copa de 2010.
A África do Sul, como anfitriã, será a única seleção pré-classificada entre os trinta e dois países que participarão da Copa de 2010, já que pela nova regra o campeão da Copa anterior não garante vaga automática para o Mundial.
A África do Sul foi escolhida devido a sua infra-estrutura, apesar de não ser uma potência nas edições anteriores em que participou (1998 e 2002), sendo eliminada na primeira fase em ambas as edições. Apesar disso, a seleção sul-africana venceu a Copa Africana de 1996.Os times africanos vêm ganhando destaque nas últimas edições do Mundial. Dentre os feitos mais destacáveis podemos listar as participações inesquecíveis de Camarões em 1990, Nigéria em 1994, Senegal em 2002 e de Gana em 2006. Isso deu novas olhares ao continente, trazendo como resultado a realização da sua primeira Copa do Mundo de Futebol.

Escalação da Seleção Brasileira

1 - G - Júlio César - Internazionale2 - D - Maicon - Internazionale3 - D - Lúcio - Internazionale4 - D - Juan - Roma5 - M - Felipe Melo - Juventus6 - D - Michel Bastos - Lyon7 - M - Elano - Galatasaray8 - M - Gilberto Silva - Panathinaikos9 - F - Luís Fabiano - Sevilla10 - M - Kaká - Real Madrid11 - F - Robinho - Santos12 - G - Gomes - Tottenham13 - D - Daniel Alves - Barcelona14 - D - Luisão - Benfica15 - D - Thiago Silva - Milan16 - D - Gilberto - Cruzeiro17 - M - Josué - Wolfsburg18 - M - Ramires - Benfica19 - M - Júlio Baptista - Roma20 - M - Kléberson - Flamengo21 - F - Nilmar - Villarreal22 - G - Doni - Roma23 - F - Grafite - Wolfsburg


História da Copa do Mundo

Em 1929, o Uruguai, atual bicampeão olímpico, foi escolhido como país-sede. Os europeus protestaram que a primeira Copa em 1930 fosse fora de seu continente e boicotaram o evento, tornando praticamente um torneio pan-americano.As copas sempre foram moldadas de acordo com os interesses dos países-sede e das principais seleções. Nas primeiras oito Copas, os anfitriões chegaram a cinco finais e nas duas primeiras, a festa foi dos donos da casa.A Segunda Guerra impediu a realização das Copas de 1942 e 1946 e por pouco a de 1950. A Europa estava arrasada após o conflito que matou mais de 100 milhões de pessoas. Grandes seleções não conquistaram o título. O Brasil em 1950 em casa, A Hungria em 1954, a Holanda em 1974 e 1978 e o Brasil em 1992. Nem sempre o melhor vence na Copa do Mundo.Para adequar as transmissões e dinamizar o esporte, a FIFA introduziu o uso dos cartões amarelo e vermelho, e as substituições por jogo já na Copa de 70. Ao conquistar o terceiro título o Brasil ficou definitivamente com a posse da Taça Jules Rimet. A partir de 1974 a nova taça (Taça FIFA) é entregue aos vencedores.A Copa da Espanha foi a primeira Copa do Mundo com 24 seleções. Até 1978 o número máximo de seleções era 16. Em 1998 houve um novo alargamento. Passaram a disputar da fase final da Copa do Mundo de futebol 32 seleções. A partir de 1994 a vitória vale 3 pontos. O vencedor ganhava 2 pontos até a Copa de 1990.
Em 1998 foi introduzido o Gol de Ouro que durou até a Copa de 2002 apenas. No Gol de Ouro quem fizesse o primeiro gol na prorrogação era o vencedor da partida.
Apenas sete países ganharam a Copa do Mundo. Três da América do Sul: Brasil (5), Argentina (2) e Uruguai (2) e quatro da Europa: Itália (4), Alemanha (3), França (1) e Inglaterra (1).Com a conquista do tetracampeonato da Itália a Europa empatou com a América do Sul no número de títulos. Nove para cada continente.
Os Europeus sediaram 11 Copas do Mundo e os sul-americanos apenas três (Brasil em 1950, Chile em 1962 e Argentina em 1978).A Copa do Mundo da Coreia do Sul e Japão de 2002 foi a primeira realizada em dois países diferentes, também foi o primeiro mundial disputado fora do eixo Europa-Américas,; primeira Copa que um time fora do eixo Europa-América chega entre os quatro primeiros; primeira Copa em que pelo menos uma das seleções a Europa, América do Sul, América do Norte, Ásia e África chegam às oitavas-de-final. A Copa da Coreia do Sul e Japão foi uma Copa de novidades do mundo globalizado. A próxima Copa do Mundo na África do Sul consolida esta tendência.Recorde de gols numa única edição: Just Fontaine - 13 gols.
País com mais participações em Copas do Mundo: Brasil - 18 (100%).
País com mais títulos: Brasil - 5.
Países que conquistaram dois títulos consecutivos: Itália (1930-1934) e Brasil (1958-1962).
Todos os campeões da Copa do Mundo da FIFA:5 vezes - Brasil - 1958, 1962, 1970, 1994 e 2002.4 vezes - Itália - 1934, 1938, 1982 e 2006.3 vezes - Alemanha (Alemanha Ocidental) - 1954, 1974 e 1990.2 vezes - Argentina - 1978 e 1986.2 vezes - Uruguai - 1930 e 1950. 1 vez - França - 1998.1 vez - Inglaterra - 1966.
Todos os campeões da Taça Jules Rimet (1930-1970):3 vezes - Brasil - 1958, 1962 e 1970.2 vezes - Uruguai - 1930 e 1950. 2 vezes - Itália - 1934 e 1938.1 vez - Inglaterra - 1966.1 vez - Alemanha (Alemanha Ocidental) - 1954.
Todos os campeões da Taça FIFA (1974-):2 vezes - Itália - 1982 e 2006.2 vezes - Brasil - 1994 e 2002.2 vezes - Alemanha (Alemanha Ocidental) - 1974 e 1990.2 vezes - Argentina - 1978 e 1986.1 vez - França - 1998.



terça-feira, 8 de junho de 2010



Curiosidades e informações diversas


As superquadras existentes por ocasião da inauguração da cidade incluíam:
as Superquadras Sul (SQS) 105, 106, 107 e 108 (completas);
vários blocos das SQS 104, 304, 306, 206 e 208;
os blocos de 3 andares sem pilotis das SQS 409 a 413;
as SQS 308 e 114 (estas duas, em construção). Atualmente (1997) todas as superquadras da Asa Sul estão completas ou semi-completas, mas na Asa Norte ainda há várias superquadras "virgens", sem um único edifício construído sequer.
O conjunto residencial do Parque Guinle, no Rio de Janeiro, é considerado um precursor das superquadras de Brasília. Os edifícios localizados na entrada do Parque têm inclusive uma arquitetura externa semelhante à de uma das quadras originais do Plano Piloto, a SQS 105.
A "Mensagem de Anápolis", propondo a construção de Brasília, poderia ter sido a "Mensagem de Goiânia". Em sua primeira viagem à Amazônia, Juscelino devia passar por Goiânia, onde seria assinada a mensagem ao Congresso Nacional. Porém, o mau tempo fez com que o avião aterrizasse em Anápolis...
No começo, a arborização da cidade era feita com muitas espécies de árvores, como flamboyants, espatódias e sibipirunas, que hoje não são mais plantadas, embora ainda embelezem grande parte da cidade. Hoje em dia, só são plantadas as chamadas "espécies do cerrado".
A iluminação pública original da cidade era com lâmpadas fluorescentes. Na mesma época, a iluminação de cidades como Rio e São Paulo era bem mais antiga, e com lâmpadas incandescentes. No Rio e em São Paulo, trocou-se a iluminação inteira, inclusive os postes, quando se passou para a iluminação a vapor (de sódio ou de mercúrio) atual. Em Brasília, quando no final dos anos 70 substituiu-se a iluminação fluorescente pelo vapor de mercúrio, mantiveram-se os postes originais, mais baixos e mais espaçados do que o que se costumava usar nos sistemas de iluminação novos da época. Este é um dos motivos pelos quais muitas ruas e avenidas de Brasília são mais mal-iluminadas que suas similares de outras cidades brasileiras.
Em revistas e livros mais antigos sobre Brasília, é comum encontrar-se fotos invertidas. Ou seja, fotos nas quais o lado esquerdo foi trocado pelo direito, como num espelho. Como tais fotos eram feitas em filme positivo (slide) era fácil invertê-las. Não sei se as inversões eram acidentais ou propositais (para se conseguir um efeito estético melhor). De qualquer forma, se você achar uma foto antiga de um local conhecido e não conseguir se localizar nela, experimente colocar a foto em frente a um espelho e ver o reflexo da mesma...
Afinal, o que é "Brasília"? Seria só o Plano Piloto? Ou seria o conjunto deste e de todas as cidades satélites? Na prática, a palavra "Brasília" pode ter vários significados.

A Plataforma Rodoviária (na junção dos Eixos Rodoviário e Monumental) foi inaugurada em 12/09/60, ainda por JK. Originalmente, servia de terminal tanto para os ônibus urbanos quanto para os interestaduais. Quando a Rodoviária se tornou pequena para acumular as duas funções, os ônibus interestaduais foram para a nova Estação Rodoferroviária, no extremo oeste do Eixo Monumental. Portanto, até hoje inclusive, Brasília jamais teve um terminal exclusivo para ônibus interestaduais.
Na época da inauguração, havia apenas 11 edifícios de Ministérios. Hoje são 17 edifícios, além dos dois que têm desenho arquitetônico específico (os prédios do Ministério da Justiça e do Itamaraty).
Algumas modificações foram feitas no Plano Piloto, entre sua apresentação por Lúcio Costa e o início da construção. Entre elas:
Foram acrescentadas as quadras de blocos de 3 andares, mais populares, as superquadras 400;
Foi adicionado o setor de casas geminadas, as 700;
O setor central foi alargado, englobando as quadras de final "01";
O local da Praça dos Três Poderes foi deslocado mais para o leste.
A junção das avenidas W-3 Sul e W-3 Norte, no final dos anos 70 (ou no início dos anos 80 - não conseguimos precisar a data), foi outra mudança importante do traçado original do Plano Piloto. Com as novas pistas, foi removida a fonte sonora que havia no local. Lembrada com saudades por muitos, a bela e colorida fonte era um dos principais cartões postais da cidade nos anos 60 e 70. A nova Fonte Luminosa só voltaria a funcionar em setembro de 1998, voltando a ser desativada logo depois.

Dados do Distrito Federal

Área:
5.789,16 Km²
Altitude:
1.172 m
Temperatura média anual:
21°C
Umidade relativa do ar:
7 a 70%Área
Código de área:
+ 55 (internacional), 61 (interurbano)

fONTE:http://www.infobrasilia.com.br/bsb_h2p.htm#diversos


Goitacá
Ocupavam a foz do Rio Paraíba. Tidos como os índios mais selvagens e cruéis do Brasil, encheram os portugueses de terror. Grandes canibais e intrépidos pescadores de tubarão. Eram cerca de 12 mil.

Guarani
Povo de língua da família Tupi-Guarani. Na época da chegada dos europeus, viviam nas regiões entre os rios Uruguai, Iguaçu e Paraná, a leste do rio Paraná (atualmente sul de Mato Grosso do Sul; oeste de São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul; Paraguai; norte da Argentina e Uruguai). Nos séculos XVII e XVIII, grande parte desses territórios era de domínio espanhol onde foram instaladas missões de jesuítas ligadas a província espanhola da Companhia de Jesus. Os jesuítas estudaram e documentaram fartamente a língua Guarani desde 1625. Nessas missões, de economia marcadamente coletivista, os Guarani atingiram alto grau de desenvolvimento e domínio de técnicas européias, mas tornaram-se presas fáceis para os bandeirantes paulistas e, posteriormente, fazendeiros paraguaios. Após a destruição das missões, os índios que não foram capturados fugiram para as matas e juntaram-se a grupos que haviam permanecido independentes. Dirigiram-se também para o Paraguai, onde o Guarani Paraguaio é falado hoje por cerca de 3 milhões de pessoas; para a Bolívia, onde o Guarani Boliviano (ou Chiriguano) é falado por cerca de 50 mil pessoas; e para o norte da Argentina. Dos índios capturados, alguns foram levados como escravos pelos bandeirantes e outros foram empregados, como mão-de-obra escrava ou quase, pelos fazendeiros que iniciaram a ocupação destas terras com a extração de erva-mate.




Juruna
Povo indígena cuja língua é a única representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se Yudjá; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a tatuagem características desses índios era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca. Na metade do século XIX tinham uma população estimada em 2.000 índios, que viviam no baixo rio Xingu. Um grupo migrou mais para o alto do rio, hoje em território compreendido pelo Parque do Xingu, no Mato Grosso. Segundo levantamento de médicos da Escola Paulista de Medicina, que prestam serviços de saúde aos índios do parque, em 1990 eram 132 pessoas. Alguns Juruna vivem dispersos na margem direita do médio e baixo rio Xingu, e há um grupo de 22 índios, segundo dados da Funai de 1990, que vive na Volta Grande do rio Xingu, numa pequena área indígena chamada Paquiçaba, no município de Senador José Porfírio, no sudeste do Pará. Suas terras serão atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte. A título de esclarecimento, o famoso “Cacique Juruna” não é um índio Juruna, e sim Xavante.

Kamayura

Tribo de cerca de duzentas pessoas, vivem na região dos formadores do rio Xingu, Mato Grosso do Norte. Esta população indígena, da família lingüística tupi-guarani, vinda talvez das costas litorâneas do Maranhão, emigrou, muito provavelmente a partir do século XVII, para instalar-se progressivamente nesta região seguindo outros grupos indígenas fugindo do contato com os portugueses (1870). Apesar da diversidade de origens e de línguas, essas tribos constituem-se hoje numa área cultural definida: as tribos da área do uluri ou as chamadas tribos xingüanas, que ocupam a parte sul do Parque Indígena do Xingu. Ao norte vivem outras tribos, com algumas das quais os Kamayurá mantiveram contatos esporádicos, muitas vezes conflituosos, no decorrer de sua migração.

Kaingang
Povo de língua da família Jê. Também conhecidos como Coroados, vivem em 26 pequenas áreas indígenas no interior dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. São aproximadamente 7.000 índios. Dos Kaingang de São Paulo, que até o início do século se mostravam hostis aos trabalhos da estrada de ferro São Paulo - Corumbá, hoje sobrevivem 100 nos postos Icatu ( Penápolis) e Vanuíre (Tupã). Os Kaingang meridionais, habitam as reservas de diversos postos indígenas no Paraná, nos postos Barão de Antonina (Arapongas), Queimadas (Reserva), Ivaí (Pitanga), Fioravante Esperança (Palmas), Rio das Cobras e Boa Vista (Iguaçu), Apucarana (Londrina), Mangueirinha (Mangueirinha), José Maria de Paula (Guarapuava); em Santa Catarina, no posto Xapecó (Chapecó); no Rio Grande do Sul, nos postos Cacique Doble, Ligeiro, Nonoai e Guarita, em toldos ou terras de administração estadual, todos nos municípios do extremo noroeste do Estado. Outra divisões dos Kaingang é formada pelos índios Xokléng, de Santa Catarina.

Karajá
Povo de língua do tronco Macro-Jê. Se dividem nos subgrupos Javaé, que vive na margem do rio Javaé, na área Indígena Boto Velho; Xambioá, que vive nas margens do rio Araguaia, no estremo norte de Tocantins, e Karajá que vivem em 18 aldeias ao longo do Araguaia, principalmente em frente a ilha doBananal, no Parque indígena do Araguaia, no Tocantins. Vivem também no Mato Grosso, na área Indígena Tapirapé-Karajá, nos municípios de Santa Terezinha e Luciara, e no Pará, na área Indígena Karajá Santana do Araguaia. Em 1990, segundo a Funai, eram aproximadamente 2.100 índios. Os Karajá fabricam e comercializam bonecas de cerâmica muito apreciadas por turistas da região.

Pankaru
Sua trajetória foi pontuada por uma sucessão de conflitos fundiários com grileiros e posseiros, que ainda não foram totalmente resolvidos. Além de um histórico de opressão e marginalização pela sociedade não-indígena, os Pankaru têm em comum com os demais grupos indígenas chamados "emergentes" o ritual secreto do "Toré", marca de identidade e resistência cultural. Os pouco mais de 80 índios desta tribo estão localizados no Oeste do Estado da Bahia, à esquerda do Rio São Francisco. Falam a língua portuguesa.